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Bengt Janer, diretor da Saab no Brasil. Foto: divulgação.
Na sueca Saab, fabricante no segmento de defesa aeroespacial que atualmente participa da concorrência para o fornecimento de caças para a Força Aérea Brasileira, um negócio que deve movimentar cerca de US$ 5 bilhões, a palavra de ordem é diversificar.
Para Bengt Janer, diretor da empresa no Brasil, a empresa está focada em apresentar seu portifólio de soluções para empresas locais, como fez nesta semana, em um evento na Fiergs, em Porto Alegre.
Com este objetivo, Janer, juntamente com o diretor mundial de estratégia e VP sênior da companhia, Dan Jangblad, o gerente-geral da empresa no Brasil, Ake Albertsson, estão participando de workshops em quatro capitais brasileiras - Porto Alegre, São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte durante a semana.
"Nossa intenção é de ficar próximos aos clientes em potencial e estabelecermos parcerias estratégicas usando nossos produtos como aeroestruturas Tier 1, radares, veículos por controle remoto (ROV)", explica o executivo.
Além da fabricação de aviões militares e comerciais, a empresa fornece mísseis, sistemas de camuflagem de veiculos por térmica e mapeamento em 3D.
PARCERIAS
Conforme o executivo, o evento em Porto Alegre chamou a atenção de diversas empresas para estabelecer parcerias com a fabricante sueca, embora não tenha entrado em detalhes sobre os possíveis interessados.
"Estamos fazendo as listagens para continuar estas conversações", declarou o diretor.
Um exemplo de colaboração é o recente Memorando de Entendimento (MoU), assinado entre a SAAB e a portoalegrense AEL Sistemas, controlada pela israelense Elbit, que forneceu recentemente sistemas do jato de transporte militar e de reabastecimento KC-390 para a Embraer.
O MoU identifica projetos relacionados com as áreas de desenvolvimento, produção e apoio logístico de longo prazo do pacote de aviônicos do Gripen NG, que foi oferecido pela Saab ao governo brasileiro.
A companhia já possui um escritório no país desde 2008, mas conforme Janer, a atuação no país já vem de longa data, destaca Janer.
"Fornecemos soluções para o Projeto Leopard, em Santa Maria, por exemplo, além de termos uma parceria forte com a Embraer", afirma.
Em 2009, quando a Saab atravessava um dos piores momentos de seus 75 anos de existência ao declarar falência, rumores indicaram inclusive a compra da Saab pela Embraer, coisa que não se concretizou.
Em 2011, a empresa teve um faturamento de US$ 3,5 bilhões, com um lucro operacional de US$ 441 milhões.