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Sankhya recebe aporte de R$ 425 milhões 5b146v

Fundo soberano de Singapura comprou parte da empresa brasileira de ERP. 4o6q26

06 de novembro de 2020 - 11:05
Felipe Calixto, CEO da Sankhya.

Felipe Calixto, CEO da Sankhya.

A Sankhya acaba de receber um investimento de R$ 425 milhões do fundo soberano de Singapura, no que é um dos maiores aportes já feitos em uma empresa de sistemas de gestão no Brasil.

Em nota, a Sankhya não chega a revelar exatamente qual é a participação do fundo, falando apenas em uma “participação minoritária relevante”, o que pode ser qualquer coisa entre 30% e 49%.

Conhecido como GIC, o fundo soberano de Singapura tem ativos totais de US$ 440 bilhões e é um dos 10 maiores do mundo. 

"Nosso foco será em ampliar o número de canais em todo o território nacional, além de aumentar as ações de marketing e pesquisa e desenvolvimento (P&D).  Também estamos explorando aquisições que possam complementar nosso portfólio de soluções", afirma Felipe Calixto, CEO da Sankhya.

Os planos, pelo menos a curto prazo, ainda são modestos. A Sankhya quer saltar de 38 unidades de negócios espalhadas pelo Brasil para 40 até o final do ano, somando outros 15 no ano que vem.

“Com o novo aporte, será possível investir ainda mais para aprimorarmos nossos diferenciais, e nos tornarmos a empresa mais desejada de software de gestão empresarial do Brasil", afirma Fábio Túlio, sócio fundador e atual diretor de Inovação da Sankhya.

A Sankhya tem hoje 1,4 mil funcionários, atendendo uma base de 12 mil clientes.  Em 2018, último ano no qual divulgou resultados, a empresa faturou R$ 170 milhões, uma alta de 30% e anunciou a meta de chegar a R$ 220 milhões em 2019.

Fundada em 1989, a Sankhya (caso você esteja curioso pelo nome, é uma palavra em sânscrito que descreve um sistema filosófico desenvolvido concomitantemente com a yoga) disputa o mercado de ERP para pequenas e médias empresas, que ainda é bastante fragmentado.

De acordo com dados da  pesquisa sobre o mercado de TI feita pela Fundação Getúlio Vargas (EAESP-FGV), a Totvs tem mais ou menos metade de participação entre empresas com até 170 usuários. Cerca de um terço do total estão na categoria “outros”, onde estão empresas com índices abaixo de 5%.

Uma consolidação vem acontecendo lentamente nas últimas décadas. Em 2018, a Senior, a segunda maior empresa brasileira de ERP, comprou a paulista Mega, com forte penetração em sistemas de gestão para construção, entre outros segmentos.

Até pouco tempo atrás, a grande força consolidadora nesse mercado era a Totvs, que fez aquisições em série, segundo a maior delas a da Datasul, por R$ 700 milhões, em 2008 (chama atenção como a Sankhya, um player muito menor, pode ter sido avaliada pelo GIC em um valor superior).

Com o real desvalorizado, parece que as empresas brasileiras de software de gestão se tornaram mais atrativas.

No começo de outubro, a Compufour, uma empresa catarinense especializada em software de gestão para pequenos negócios nas áreas de varejo e serviços, foi adquirida pela Zucchetti, a maior software house da Itália, por um total de R$ 100 milhões.

Com 25 anos de mercado, a Compufour é de Concórdia, um município de 75 mil habitantes no Oeste de Santa Catarina e tem uma base de 40 mil clientes no Brasil, atendidos por 1,7 mil revendas.

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