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O secretário conta também que mais de 75% dos participantes do evento responderam que sua instituição está realizando algum tipo de migração para software livre, 10% disseram que haverá migração até o final deste ano ou no ano que vem, e os cerca de 15% restantes responderam que não há previsão. Mais de 70% dos profissionais, segundo ele, disseram que não há nada que impeça o início do processo de migração e, dentre as dificuldades mais apontadas, em ordem decrescente, estão: problemas políticos, capacitação da equipe, falta de aceitação e capacitação do usuário, falta de confiabilidade no programa que usa o código aberto e aplicações herdadas que não permitem um processo de migração rápido e simples.
Santanna também contesta as declarações do ex-presidente do ITI, Sérgio Amadeu, de que o orçamento de R$ 200 milhões para implantação de open source teria sofrido cortes. Segundo ele, é impossível identificar quanto foi usado apenas com software livre até o momento, pelo fato de não haver rubrica específica para esse gasto. Além disso, as previsões de gastos de Amadeu seriam altas demais. “Se eu posso economizar para o governo, vou fazê-lo. Os valores apresentados foram de R$ 3,4 mil para migração de desktops e de R$ 23 mil por servidor. Na Dataprev conseguiram preços de R$ 1,5 mil e R$ 15 mil, respectivamente”, diz ele.
Quanto ao preparo dos técnicos de informática do governo, a resposta vem de Renato Martini, atual presidente do ITI: “Não há nenhuma limitação das equipes técnicas que trabalham pela implantação do software livre. É uma afirmação que beira o ridículo”.