
Dividido meio a meio pela coreana Hana Micron e um grupo de empresas e bancos brasileiros liderados pela gaúcha Altus, o empreendimento ocupará inicialmente a sede da antiga gráfica da Unisinos até que o novo prédio no parque tecnológico Tecnosinos fique pronto.
“Vai ser um momento histórico. São Leopoldo está no mapa internacional de tecnologia de ponta”, comenta o prefeito Ary Vanazzi.
A prefeitura garantiu isenção de ISS por cinco anos, disponibilidade de energia, água tratada, tratamento dos efluentes e terraplenagem.
O município disputava o investimento com Viamão, Alvorada ou Porto Alegre. Atualmente, a HT se prepara para produzir módulos de memória DDR2 e DDR3, que demandarão investimento de US$ 30 milhões.
A planta terá 10 mil m2 e vai produzir chips diversos em uma sala limpa, gerando 1,3 mil empregos diretos.
No futuro, devem entrar na lista os mercados de memória Flash, smart cards e hardware do tipo RFID. A expectativa é faturar US$ 160 milhões até 2012.
A fábrica era negociada há meses, e foi disputada por Paraná, Amazonas, São Paulo e Minas Gerais e teve a vinda para o Rio Grande do Sul viabilizada pela Lei de Inovação, sancionada pela governadora Yeda Crusius em setembro.
Quem são os sócios
Sediada nas proximidades de Seul, a Hana Micron tem entre seus maiores compradores Hynix e Samsung, na qual seu fundador trabalhou na divisão de semicondutores até 2001.
De acordo com a Bloomberg, as vendas previstas para este ano ficam em torno de US$ 233 milhões.
As ações das empresas triplicaram de valor ao longo do ano.
A Altus atua com produtos de automação e a integração de sistemas, com ênfase nas áreas de óleo e gás e de energia elétrica e tem previsão de faturamento de R$ 82 milhões para 2009.