
Falk Rieker, VP global da SAP para o setor bancário. Foto: Baguete
A visão da SAP como uma empresa que primariamente desenvolve sistemas de gestão para indústrias é coisa do ado. Para a gigante alemã, segmentos como varejo, governo e bancos são um novo e produtivo caminho – este último já é um negócio de € 1 bilhão global para a empresa, que pretende duplicá-lo até 2015.
Presente no Ciab 2013, em São Paulo, a companhia apresentou seus produtos a executivos do setor financeiro brasileiro, que em 2012 investiu mais de R$ 20 bilhões em TI.
No primeiro trimestre de 2013, a companhia registrou um crescimento de 53% no país.
“Nos últimos anos, desenvolvemos um portfólio bem mais abrangente para os serviços financeiros”, explicou o VP global de banking, Falk Rieker.
Segundo o executivo, a parte de business intelligence compõe a maior fatia do faturamento da companhia entre os bancos, em uma perspectiva global. Atualmente, a empresa conta com aproximadamente 3,7 mil clientes em 120 países.
No entanto, em comparação com outras regiões do mundo, as prioridades dos bancos variam, de acordo com regulações e situação econômica.
“Em regiões de crescimento acelerado, como África, partes da Ásia e América Latina, há uma demanda por eficiência de canais, com soluções móveis e uso da nuvem para relacionamento com cliente”, destaca.
Para Ricardo Higa, gerente de soluções bancárias da SAP Brasil, os donos de bancos estão deixando de lado o conservadorismo e considerando soluções avançadas de gestão para otimizar sua eficiência operacional.
“Os bancos, à medida que crescem, estão percebendo a dificuldade de gerir negócios mais complexos, com diferentes instâncias e canais. O uso de tecnologia de ponta é essencial”, frisa.
A arma da SAP para atender a essa demanda, fornecendo um poder de fogo maior em memória e processamento, é o SAP HANA, conforme destaca Rieker.
“Bancos precisam ser simples. Seja para uma operação via mobile banking ou para analisar dados de redes sociais e aplicá-los ao business intelligence da instituição, esta informação precisa ser ada instantaneamente”, afirma.
Para o Brasil, esta constatação ganha números expressivos.
Atualmente, segundo dados da Febraban, o mobile banking cresceu 333% em 2012, com 823 milhões de transações.
A Caixa Econômica Federal, por exemplo, teve um salto de 11.000% em transações móveis nos últimos doze meses.
Bancos grandes como o Bradesco, que conta com cerca de 4,3 milhões de likes em sua página de Facebook, já fornece serviços pela rede social.
PERSONALIZAÇÃO
Para Tonatiuh Barradas, vice-presidente para o setor bancário da SAP América Latina e Caribe, a personalização dos serviços é o próximo o.
Tanto para o cliente final, como para os próprios bancos, os serviços terão de ser sob medida.
“O modelo one-size-fits-all não se aplica mais”, disparou.
A gigante alemã anunciou esta semana o lançamento do SAP Personas, software de personalização que se integra à versão 8.0 do SAP Banking Services.
A ferramenta permite customizar a interface do software de acordo com a necessidade da empresa.
Leandro Souza cobre o Ciab Febraban 2013 a convite da SAP.