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Saque e Pague aposta em IA u1q4y

Rede de caixas começou a usar a tecnologia internamente. A ideia é chegar até o cliente. 386pt

12 de agosto de 2024 - 06:06
Meta é oferecer experiência personalizada para o cliente na ponta. Foto: Divulgação.

Meta é oferecer experiência personalizada para o cliente na ponta. Foto: Divulgação.

A fintech gaúcha Saque e Pague está começando um processo de adoção de Inteligência Artificial, iniciando internamente, mas com planos de chegar até os clientes da sua rede de caixas eletrônicos.

No momento, a empresa está usando o Copilot da Microsoft para automatizar o desenvolvimento de software.

Outras soluções como o ChatGPT e ferramentas de IA disponíveis na nuvem Azure estão sendo usadas para algumas operações internas, incluindo sistemas de tomada de decisão que “influenciam diretamente” a disponibilidade dos terminais para os usuários e a gestão de numerário. 

Em nota, a Saque e Pague não chega a aprofundar quais são esses sistemas que influenciam a disponibilidade dos ATMs na ponta. 

A gestão de numerário, por outro lado, é uma atividade chave para quem opera caixas automáticos, por meio da qual se decide de qual caixa tirar e em qual caixa colocar dinheiro vivo.

No caso da rede da Saque e Pague, essa atividade tem um complicador adicional, que é o fato dos três mil ATMs da empresa em 570 cidades brasileiras serem projetados para receber dinheiro. 

Assim, a empresa precisa estar sempre equalizando o dinheiro que sai por saques e o que entra, já seja pelo pagamento de contas em espécie, ou por meio de depósitos de valores de negócios nos quais os caixas estão instalados (um posto de gasolina, por exemplo).

A ideia é ir muito mais longe, fazendo com que os caixas sejam capazes de oferecer sugestões de transações com base no histórico do cliente, ofertas de serviços ou produtos específicos alinhados com as preferências do usuário e até mesmo a adaptação da interface do caixa eletrônico de acordo com as necessidades de cada indivíduo.  

“Nossos planos para a expansão do uso da IA na empresa incluem ferramentas de desenvolvimento de software, aprimoramento na detecção de fraudes, inteligência operacional e estudo de comportamento e tendências do usuário da nossa rede”, pontua Paulo César Pinheiro, CEO da Saque e Pague.

Pinheiro assumiu o cargo de CEO da Saque e Pague interinamente em março, depois da saída de Givanildo Luz, que havia liderado o negócio desde a fundação, em 2010. 

Os dois profissionais têm um background parecido. Eles vêm da Getnet, empresa de pagamentos hoje do Santander, mas que no seu momento foi bancada pelo empresário gaúcho Ernesto Corrêa, assim como a Saque e Pague. 

A troca de comando e os anúncios sobre adoção de IA (ainda que em fase bastante inicial) indicam que a Saque e Pague está ando por um período de ajustes. 

Nas suas divulgações, a Saque e Pague se posiciona como um “ecossistema de serviços” e uma “plataforma”.

Nos últimos anos, a companhia já lançou uma conta digital para pessoas jurídicas com a infraestrutura do banco Topázio (outro empreendimento de Correa), ando a competir com outras fintechs.

Ainda em fevereiro, Luz deu uma entrevista para o Neofeed, expondo um investimento de R$ 200 milhões dentro dos próximos três anos, visando transformar a Saque e Pague em um banco e um marketplace.

Porém, hoje o produto mais visível da empresa são os caixas eletrônicos, um tipo de serviço que está sendo colocado em cheque pela ascensão de pagamentos eletrônicos, turbinada nos últimos tempos pelo Pix.

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