
A empresa SDS, da área de engenharia de materiais, foi graduada na Incubadora Tecnológica de Curitiba (Intec), do Instituto de Tecnologia do Paraná (Tear), com uma tecnologia inédita para a indústria.
O negócio chega à maturidade com um um equipamento que faz o tratamento de aços utilizando a técnica de nitretação via plasma, deixando o material de duas a três vezes mais duro do que o aço.
Podendo ser utilizado para a produção de facas de corte, ferramentas, injeção de alumínio e de plástico, peças de motores automotivos e peças de máquinas em geral, a tecnologia é mais barata e sustentável.
Segundo o sócio-gerente da SDS, Adriano Moreno, essa tecnologia ainda não é utilizada no Brasil, que prioriza métodos mais baratos, porém poluentes, como a nitretação líquida ou nitretação a sal.
“Essas técnicas (em uso aqui) estão proibidas na Europa há mais de 30 anos porque geram um resíduo poluente chamado cianureto, que precisa ser depositado em aterro sanitário químico eternamente, representando risco aos trabalhadores envolvidos no processo e ao meio ambiente”, disse Moreno.
O maior cliente da SDS atualmente é a Bematech, empresa especializada em automação de negócios que também já foi incubada da Intec.
A SDS fabrica as lâminas de corte das máquinas que emitem o cupom fiscal da Bematech. A SDS também tem 12 equipamentos fornecidos para centros de pesquisa e universidades.
A nitretação de aço – um gás que conduz corrente elétrica – via plasma é uma tecnologia que consiste em implantar nitrogênio no aço para que se torne mais rígido e resistente ao desgaste.
A máquina desenvolvida pela SDS aplica uma diferença de potencial dentro de uma câmera com gás, que faz com que os átomos do nitrogênio se quebrem e fiquem positivamente carregados, de forma que os elétrons atuam conduzindo a corrente elétrica dentro da câmera.
O nitrogênio combina-se quimicamente com o ferro que compõe o aço na superfície do metal, formando o nitreto de ferro, que é extremamente rígido – de duas a três vezes mais duro do que o aço.