
Concentração no Serpro é o caminho da infra do governo? Foto: Pexels.
A Controladoria-Geral da União está transferindo o seu data center para dentro da infraestrutura do Serpro, estatal federal de processamento de dados.
O órgão contratou serviços de colocation para os seus servidores, além de manutenção e monitoramento de dados. A transferência dos equipamentos aconteceu no final de julho.
O contrato terá 30 meses de duração e foi firmado por meio de dispensa de licitação, nas palavras do Serpro, pela sua “notória especialização e moderno data center”.
“O principal benefício é que a CGU não precisa investir em equipamentos e infraestrutura, porque esse serviço será prestado pelo Serpro. E nós podemos, basicamente, nos dedicar ao que é mais importante para a Controladoria, que é o serviço de TI”, afirma o responsável pela Divisão de infraestrutura da CGU, Gustavo Souza.
CONCENTRAÇÃO NO SERPRO?
Segundo estimativa da Secretaria de Governo Digital do Ministério da Economia, o governo federal ainda possui 133 Data Centers em diferentes órgãos da istração pública.
O Serpro tem a ambição de ser um dos atores principais na estratégia do governo de consolidar parte dessa infraestrutura, buscando ganhos de escala e economia de custo.
A estatal tem para tanto o seu data center e está construindo também acordos com grandes provedores de nuvem pública, sendo o primeiro deles a AWS.
O modelo de atuação do Serpro com o AWS acontece dentro do regramento da Lei de Estatais e prevê a composição do preço final a partir de duas contas: a unidade de serviço de nuvem, pertencente à AWS, e a unidade de serviço técnico, que é a parte do Serpro na equação.
Até agora, 240 funcionários do Serpro já aram por treinamentos na tecnologia da AWS.
É importante lembrar que o Serpro está negociando com outros players de nuvem. A empresa não abre nomes, mas eles certamente incluem Google e Microsoft, que juntos com a AWS foram a liderança no mercado, e talvez algum player mais de nicho como Oracle e IBM.