
Presidente da Abinee, Humberto Barbato. Foto: Divulgação.
Segundo a Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee), o setor deve apresentar queda real de 3% no faturamento em 2014.
Para o presidente da Abinee, Humberto Barbato, o ano foi de nível de atividade ruim e de dificuldades para os diferentes segmentos do setor.
“O resultado da produção industrial – queda de 2,6% até o mês de outubro – também reforçam o mal desempenho do setor”, diz.
Para ele, embora tenham sido tomadas medidas pelo governo, como a desoneração da folha e prorrogações da Lei de Informática e Lei do Bem, que tornaram o caminho menos penoso para a indústria, as empresas continuam sofrendo.
A causa, segundo o presidente da Abinee, é o câmbio desajustado.
“Medidas de política industrial têm que ser acompanhadas por uma política cambial, pois, do contrário, é como enxugar gelo com toalha quente”, afirma.
O baixo nível de atividade do setor eletroeletrônico refletiu nos dados da balança comercial.
Em 2014, o déficit do setor deverá atingir US$ 35,2 bilhões, 3% abaixo do déficit do ano ado.
As exportações deverão cair para US$ 6,7 bilhões, 9% abaixo das registradas no ano de 2013 (US$ 7,4 bilhões), enquanto as importações caíram 4%, ando de US$ 43,6 bilhões para US$ 41,9 bilhões.
Para o ano de 2015, dada à necessidade de ajustes na economia do país, não são esperadas medidas expansionistas para a atividade produtiva.
Desta forma, o setor não projeta aumentos significativos nos negócios. O faturamento da indústria eletroeletrônica deverá apresentar crescimento nominal de cerca de 2% em relação a 2014.