
SIJ: TI para o Direito, e, em breve, para mais...
A porto-alegrense SIJ caminha de uma empresa familiar que entrega soluções de clipagem para se tornar uma holding de TI, focada em crescer 120% e abrir quatro novas unidades em 2011, além de fazer IPO e iniciar vendas para o exterior até 2014.
Só entre janeiro do ano ado e deste, a empresa aumentou sua carteira de clientes em mais de oito vezes. O motivo do “boom” foi a aposta no desenvolvimento de soluções, especialmente com base na plataforma Google.
“Iniciamos no mercado há 50 anos como uma empresa que clipava jornais, em recortes mesmo, e até o ano ado enviávamos nosso conteúdo para cerca de cinco mil advogados ”, afirma Caho Lopes, diretor da SIJ. “Hoje, entregamos não só informações, mas dados contextualizados e estruturados, e o fazemos para qualquer device, de FAX a SMS e webservices, para 48 mil profissionais de todo o país”, completa.
Esta ampliação do mercado para todo o Brasil – antes, a SIJ atendia apenas a Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná – foi que impulsionou o crescimento da carteira de atendidos, garantindo à empresa gaúcha o posto de segundo player nacional em seu segmento, atrás apenas da Associação dos Advogados de São Paulo.
Mas não foi só: se os dados hoje são entregues no modelo comentado pelo executivo, isso se dá em função do app desenvolvido sobre a plataforma Google, o SIJ Net.
Conforme Lopes, antes da ferramenta, em janeiro de 2010, a companhia levava em torno de quatro horas para enviar um pacote de 2,4 mil e-mails. Hoje, cerca de 300 mil mensagens vão em 40 minutos.
“E são todos e-mails diferentes, com o clipping especificamente contratado por cada advogado”, conta Lopes.
A satisfação com a ferramenta foi tanta que, ainda no primeiro semestre, a empresa pretende lançar outra ferramenta baseada em Google, o Ambiente de Trabalho Digital, que vai reunir todas as principais funções de comunicação e colaboração da web – desde o bom e velho e-mail à interação com redes sociais, chats e messengers.
Outro software do portfólio do que se pode chamar de “a nova SIJ” é o Next, gerenciador de processos e de escritórios de advocacia.
A solução, toda de desenvolvimento próprio, agrega as vantagens da cloud computing.
“Um sistema tradicional para este setor não exige investimento menor do que R$ 70 mil, geralmente. O nosso sai por R$ 29,90 por mês, já que fica na nuvem, não exigindo investimento em hardware, implantação, nada”, destaca o diretor.
Agora, a empresa porto-alegrense trabalha na expansão do portólio, com foco em soluções que, por exemplo, agreguem recursos de envio de impressão para nuvem, também com base em Google.
Mais espaços
E a expansão não está prevista somente para a oferta de produtos: fisicamente, a SIJ também vai crescer.
A companhia, que já tem filial em Florianópolis, prepara a abertura de mais duas unidades, em São Paulo e no Rio; e outros dois escritórios comerciais, no Paraná e em Minas Gerais.
Tudo isso até o terceiro trimestre deste ano.
IPO
E até 2014, a meta é abrir capital e começar a atuar também no exterior.
“Hoje, somos uma empresa familiar, mas já temos plano sucessório em andamento para formação da nova holding, a Adin – Ambiente Digital Integrado, que vai agregar todas as operações”, explica Lopes.
A holding é, segundo o diretor, nada mais do que uma resposta ao novo modelo de negócio da companhia.
“O que costumava ser nosso mercado periférico, como sistemas, software, estrutura de hardware, para entrega de produto, torna-se nosso mercado principal”, define Lopes.
Background de peso
Para ar tudo isso, a SIJ se vale de uma equipe de TI formada por cinco programadores, mais companhias parceiras, como a F2 e a I-Flex, na área de outsourcing de programação; SN Solutions, no e e serviços em Linux; e Computécnica, no campo de hardware.