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Os especialistas ficam com um pé atrás, mas a experiência de alguns casais põe em dúvida a máxima de que amor e trabalho, juntos, não combinam.

Dois cases da TI gaúcha ilustram bem como nem sempre o relacionamento entre colegas de emprego está fadado ao fracasso.  É o caso de Jones e Kelly Maldaner, da Sisnema, e de Letícia Polydoro e Rubem Pechansky, da Hypervisual.   313k42

12 de junho de 2009 - 16:38
Sim ao namoro no trabalho?
Os especialistas ficam com um pé atrás, mas a experiência de alguns casais põe em dúvida a máxima de que amor e trabalho, juntos, não combinam.

Dois cases da TI gaúcha ilustram bem como nem sempre o relacionamento entre colegas de emprego está fadado ao fracasso.  É o caso de Jones e Kelly Maldaner, da Sisnema, e de Letícia Polydoro e Rubem Pechansky, da Hypervisual.
 
Jones namorava a vizinha Kelly há um ano quando seu irmão, Nei Maldaner, a convidou para trabalhar na empresa, que na época completava seu segundo ano de atuação com uma equipe de cinco pessoas.

Em dúvida e com a família dizendo que não deveria aceitar a proposta, uma vez que o namoro ainda era recente, Kelly buscou conselhos do avô.

“Ele apoiou, dizendo que eu só saberia se tentasse. Caso não desse certo, poderia irm embora", afirma ela. "A empresa era bem pequena à época, mas com o trabalho de todo mundo, foi crescendo. Foi muito bom ter feito parte dessa história”, conta a hoje diretora istrativa da Sisnema.  

Hoje, perto dos 20 anos de casamento e com dois filhos, Jones e Kelly já aprenderam a istrar a relação, mas ainda têm algumas dificuldades.

“Podemos estar em um jantar romântico em Gramado e no meio do assunto surgem conversas sobre vendas, projetos, clientes. Ainda assim, nossa relação é extremamente positiva”, declara Jones.

Já o segundo casal se conheceu durante reuniões de um grupo que fundou a Associação dos Profissionais em Design do RS, em 1995. Cerca de seis meses depois do primeiro encontro, montaram juntos a Hypervisual, que Letícia chama de “o primeiro filho”.

Hoje, casados e com dois filhos, Leonardo e Daniela, o casal acredita que trabalhar junto é um desafio, uma vez que o cuidado em não levar trabalho para casa deve ser redobrado, sob risco de comprometer o relacionamento.

“Sei que para muitos casais, este convívio seria fatal para a qualidade da relação. Em nosso caso funciona, pois temos perfis bastante complementares, e com o ar do tempo fomos estabelecendo atribuições de tarefas para cada um, para evitar sobreposições e conflitos”, declara Letícia.

Dicas

Com experiência para compartilhar, os casais têm algumas dicas para quem quer se empenhar em um namoro com o colega de trabalho.  

Kelly afirma que depende do perfil do casal. “É fundamental buscar uma relação aberta, transparente, com muita conversa”, comenta.

Já para a diretora da Hypervisual, a receita para esta convivência funcionar está baseada em carinho, respeito, tolerância e iração mútua.

“É verdade que nem sempre conseguimos eliminar os conflitos, mas aí o caminho é mantê-los s ao ambiente de trabalho. É necessário cuidar da relação mais do que a maioria dos casais, pois o risco de desgaste é grande”, afirma ela. "O difícil atualmente seria deixar de trabalhar juntos", pondera.

Contudo, é melhor evitar
Para Auri Luiz Morais Rodrigues Filho, gestor e consultor da ABRH, não é saudável o relacionamento entre pessoas de uma mesma empresa.

E o gestor tem experiência própria, pois casou com a colega de trabalho. O desgaste fez o casal escolher manter a relação, mas trocar de emprego.

"Não recomendo por dois motivos: a rotina do trabalho é transferida para todos os momentos da vida pessoal e, no trabalho, pode haver troca de informações que a empresa deseja que se mantenham confidenciais. Mas, por ser um casal, acaba não havendo este tipo de segredos", pondera o gestor.