
Moacir Marafon: Softplan/Poligraph pretende crescer 20 anos em cinco, e para isso aposta na nova sede, no Sapiens Parque
Com investimento de R$ 23 milhões, a Softplan/Poligraph vai transferir sua sede dos atuais 6 mil m2 no Parqtech Alfa, em Florianópolis, para dois prédios que somarão 15 mil m2 no Sapiens Parque, também na capital catarinense, até 2017.
O contrato de transferência para o parque, assinado nesta segunda-feira, 22, dá e ao planejamento estratégico da empresa, cuja meta traçada é crescer 20 anos em cinco, segundo detalha o diretor da empresa, Moacir Marafon.
“No ano ado, faturamos R$ 70 milhões, e este ano já fecharemos com crescimento de 20%”, destaca o executivo. “Nossa atual sede não comporta nosso plano de expansão, por isso optamos pela mudança”, completa.
De acordo com Marafon, o primeiro novo prédio fica pronto em 2015 e, o segundo, dois anos depois.
Pioneirismo
O diretor explica, ainda, que o projeto é o primeiro investimento 100% privado realizado no Sapiens Parque e equivale a quase todo o aporte público já feito em infraestrutura e operação no local, onde também estão em andamento obras de centros de pesquisa ligados a Petrobras, Ministério da Saúde e UFSC.
Quatro vezes mais gente
Para acompanhar o crescimento pretendido no novo local, a Softplan/Poligraph também pretende ampliar a equipe.
Marafon não divulga uma previsão exata de quantos novos postos de trabalho devam ser criados, mas apresenta um histórico que dá a ideia.
“Nos últimos cinco anos, quadruplicamos o número de colaboradores, contando, hoje, com cerca de 800 pessoas", explica o diretor.
Há mais de 20 anos no mercado, a Softplan/Poligraph é especializada em software de gestão para segmentos específicos, como justiça, gestão pública, infraestrutura & obras e construção civil.
A carteira conta com mais de 1,2 mil clientes no Brasil e exterior.
Já a lista de parceiros traz Sun, Microsoft, Oracle, IBM, Sociesc, Univali, UFSC e FGV, entre outras empresas e instituições.
O novo endereço
O Sapiens Parque é um pólo de TIC localizado em uma área total de 4,5 milhões de m² – o equivalente a cerca de 417 campos de futebol, segundo as medidas oficiais máximas estabelecidas pela Fifa - no bairro da Cachoeira do Bom Jesus, no norte da capital catarinense.
O empreendimento vem sendo implantado em fases desde 2008, quando, na chamada "fase zero”, recebeu empresas de tecnologia e instalou equipamento de lazer, em um complexo denominado Arena Sapiens.
Além disso, foram construídos lagos e obras de o, obras do Instituto de Petróleo e Gás e instaladas estruturas de monitoramento ambiental, além de firmadas parcerias com UFSC e empresas públicas e privadas.
Já na fase um, a direção do parque anunciou, no final de 2010, a previsão de investimento de R$ 90 milhões na construção de oito prédios de quatro pavimentos cada, destinados a empresas de TI, comércio e serviços como bancos, restaurantes, livrarias e lojas diversas, além de estacionamento, somando uma área total de 65 mil m².
Também foi inaugurado no ano ado o InovaLab, espaço de aproximadamente 2 mil m² voltado a sediar empresas já instaladas no pólo, como o Instituto Sapientia e o cluster de tecnomídias, podendo receber, ainda, outros empreendimentos, como o Instituto de Tecnologia Naval (ITN).
O InovaLab recebeu investimentos de R$ 1,5 milhão, com recursos do Sapiens Parque, SC Parcerias e Codesc.
Para esta operação , que é coordenada pela Fundação Certi/UFSC, novas vagas foram abertas também nesta segunda-feira, 22, o que foi anunciado junto com o investimento da Softplan/Poligraph.
Conforme José Eduardo Fiates, diretor executivo do Sapiens Parque, a estrutura total do pólo será implementada ao longo de cinco fases, nas quais deverão ser investidos, no total, mais de R$ 2,3 bilhões em infraestrutura, projetos tecnológicos e científicos, edificações comerciais e de serviços, além de iniciativas focadas nas áreas social e ambiental.
Além disso, o total de empregos diretos gerados nas cinco fases de implantação deve ar dos 30 mil.