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Não é novidade que dinheiro e software livre podem andar juntos. Apenas nos últimos três meses, a popular Red Hat faturou US$ 174,4 milhões. A Novell, que para muitos dos participantes do Fisl 10 trabalha com "o lado negro da força” devido ao acordo assinado com a Microsoft, faturou US$ 216 milhões no mesmo período.
Mas não é preciso ir tão longe para comprovar a eficiência do modelo de negócios baseado em código aberto. A gaúcha Solis, de Lajeado, fechou seu segundo ano de atuação em 2008, com R$ 1,3 milhão em caixa e deve crescer 25% neste ano.
Uma parte importante virá de um projeto de R$ 2,5 milhões em parceria com a UCS que deve resultar em uma solução ERP baseada em código aberto com foco em universidades, batizado de Automatix e com previsão de lançamento para abril de 2010.
“Escolhemos este modelo pois nos dá maior controle e flexibilidade”, afirma o professor Heitor Strogulski, do Núcleo de Processamento de Dados da UCS. “Não sou um aventureiro. Tenho a responsabilidade de manter o sistema de uma das mais tradicionais universidades do Rio Grande do Sul. O projeto está no prazo e, o melhor, dentro do orçamento previsto”, completa.
Junior Alex Mulinari, presidente da Solis, afirma que a maior vantagem oferecida neste modelo de negócios é a liberdade do cliente e que as objeções de muitos executivos, como medo da descontinuidade do produto e falta de e, são infundadas.
“Quem tem restrições ao software livre não conhece o modelo. Há um valor agregado de soluções e de um trabalho cada vez mais consolidado”, declara.
Na visão de Ricardo Bimbo, Government Relations da Red Hat no Brasil, com 15 anos de experiência com projetos baseados em software livre, para ingressar neste mercado é necessário ter em mente que os clientes não querem saber de comunidade, mas de solução, projetos, métodos, processos e integração.
“Também não basta implementar e ir embora, como muitos têm feito por aí. É necessário evoluir o modelo para uma relação de transparência com o cliente”, afirma o profissional.
Claro que existem alguns bugs no caminho. Um deles é, segundo Anahuac de Paula Gil, desenvolvedor do Kya, interface de istração de servidores, o fato que o brasileiro ainda é “totalmente inepto em matéria de software livre”.
De acordo com Gil, não há colaboração nem entre usuários, nem do governo, e muitas vezes a comunidade acaba atacando a si mesma. “Produz-se pouco e alguns softwares não tem nenhuma relevância”, reclama o paraibano, que preside o Grupo de Usuários Gnu/Linux do seu estado.
Em janeiro de 2008, Anahuac anunciou o cancelamento do seu projeto, que então já tinha de 3,4 mil s. Na época, o profissional publicou um extenso artigo, repleto de críticas ao meio acadêmico, ao mercado e à própria comunidade de software livre.
A desistência não durou muito tempo e o projeto voltou à vida, agora rebatizado de Kya. Anahuac não desistiu de ganhar dinheiro fazendo um software “bacana, que me ajude a pagar as contas, mas sempre mantendo a ética”.
“Parece máxima romântica, mas não é máxima, nem romântica. É a realidade. Somente vai dar certo, se for algo que você goste, algo em que esteja envolvido. E só assim virá o dinheiro”, resume o paraibano.
Mas não é preciso ir tão longe para comprovar a eficiência do modelo de negócios baseado em código aberto. A gaúcha Solis, de Lajeado, fechou seu segundo ano de atuação em 2008, com R$ 1,3 milhão em caixa e deve crescer 25% neste ano.
Uma parte importante virá de um projeto de R$ 2,5 milhões em parceria com a UCS que deve resultar em uma solução ERP baseada em código aberto com foco em universidades, batizado de Automatix e com previsão de lançamento para abril de 2010.
“Escolhemos este modelo pois nos dá maior controle e flexibilidade”, afirma o professor Heitor Strogulski, do Núcleo de Processamento de Dados da UCS. “Não sou um aventureiro. Tenho a responsabilidade de manter o sistema de uma das mais tradicionais universidades do Rio Grande do Sul. O projeto está no prazo e, o melhor, dentro do orçamento previsto”, completa.
Junior Alex Mulinari, presidente da Solis, afirma que a maior vantagem oferecida neste modelo de negócios é a liberdade do cliente e que as objeções de muitos executivos, como medo da descontinuidade do produto e falta de e, são infundadas.
“Quem tem restrições ao software livre não conhece o modelo. Há um valor agregado de soluções e de um trabalho cada vez mais consolidado”, declara.
Na visão de Ricardo Bimbo, Government Relations da Red Hat no Brasil, com 15 anos de experiência com projetos baseados em software livre, para ingressar neste mercado é necessário ter em mente que os clientes não querem saber de comunidade, mas de solução, projetos, métodos, processos e integração.
“Também não basta implementar e ir embora, como muitos têm feito por aí. É necessário evoluir o modelo para uma relação de transparência com o cliente”, afirma o profissional.
Claro que existem alguns bugs no caminho. Um deles é, segundo Anahuac de Paula Gil, desenvolvedor do Kya, interface de istração de servidores, o fato que o brasileiro ainda é “totalmente inepto em matéria de software livre”.
De acordo com Gil, não há colaboração nem entre usuários, nem do governo, e muitas vezes a comunidade acaba atacando a si mesma. “Produz-se pouco e alguns softwares não tem nenhuma relevância”, reclama o paraibano, que preside o Grupo de Usuários Gnu/Linux do seu estado.
Em janeiro de 2008, Anahuac anunciou o cancelamento do seu projeto, que então já tinha de 3,4 mil s. Na época, o profissional publicou um extenso artigo, repleto de críticas ao meio acadêmico, ao mercado e à própria comunidade de software livre.
A desistência não durou muito tempo e o projeto voltou à vida, agora rebatizado de Kya. Anahuac não desistiu de ganhar dinheiro fazendo um software “bacana, que me ajude a pagar as contas, mas sempre mantendo a ética”.
“Parece máxima romântica, mas não é máxima, nem romântica. É a realidade. Somente vai dar certo, se for algo que você goste, algo em que esteja envolvido. E só assim virá o dinheiro”, resume o paraibano.