Software proprietário, traficantes e pedofilia 3q6z2c

Usuários de software privativo são vítimas de estupro, pedofilia ou apenas gostam de sacanagem? A questão foi levantada por Alexandre Oliva durante o 11 Fórum Internacional do Software Livre, nesta sexta-feira, 23, em Porto Alegre.   Citando Richard Stallman ao chamar softwares proprietários de droga e Linus Torvalds ao relacioná-los com sexo, Oliva traçou paralelos entre ambos sem meias palavras. 145061

23 de julho de 2010 - 16:35
Alexandre Oliva, durante a palestra Foto: Flávia de Quadros/indicefoto.com

Alexandre Oliva, durante a palestra Foto: Flávia de Quadros/indicefoto.com

Usuários de software privativo são vítimas de estupro, pedofilia ou apenas gostam de sacanagem? A questão foi levantada por Alexandre Oliva durante o 11 Fórum Internacional do Software Livre, nesta sexta-feira, 23, em Porto Alegre.
 
Citando Richard Stallman ao chamar softwares proprietários de droga e Linus Torvalds ao relacioná-los com sexo, Oliva traçou paralelos entre ambos sem meias palavras.

Segundo o conselheiro da Free Software Foundation Latin America, o software não se faz sozinho, precisa de ao menos dois e em uma relação consensual para, então, dar prazer. Do contrário, é uma forma de estupro.

“Assim como os estupradores, os detentores de softwares proprietários tem mecanismos e necessidades de impor controle", polemiza.

Outro ponto abordado é o que Oliva chama de prostituição inversa. “Geralmente, aluga-se corpo por dinheiro. No caso de software pago, acontece o contrario. O usuário paga para que façam sacanagem com ele”, afirma.

A pedofilia também entrou entre os paralelismos traçados pelo palestrante. Segundo Oliva, muitas vezes a vítima sofre abuso ao tentar buscar pequenas recompensas sem entender o mal que está sendo causado a ela.

“O pedófilo tem necessidade de controle, sempre quer mais poder. E por algum motivo lembro de Steve Jobs. Ele não é um pervertido, que fique claro, mas é perverso por querer controlar tudo”, sentencia.

Na questão das drogas, Oliva usa a analogia do traficante que conquista novos usuários através de amostras grátis. “É horrivelmente parecido com as licenças temporárias”, declara.

Para finalizar, afirma que o software privativo faz mal para a sociedade por não permitir a adaptação dos códigos, sua cópia ou a realização de melhorias. “Não estou afirmando que o software livre não possa fazer mal para a sociedade. É possível. Mas ao menos ele pode fazer um bem maior”, completa.

O engenheiro de compiladores Red Hat, que teve participação em diversos projetos ligados ao GNU, é uma atração tradicional do Fisl, geralmente com palestras de cunho mais motivacional. Em 2007, fez um paralelo entre a comunidade de software livre e o então sucesso nos cinemas Matrix.

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