ECOSSISTEMA

Software Público quer recriar o mercado 692b3j

O Ministério do Planejamento vai investir R$ 3 milhões na reformulação do Portal do Software Público Brasileiro. 6o6c3q

08 de maio de 2014 - 15:49
Luis Felipe Cunha Costa.

Luis Felipe Cunha Costa.

O Ministério do Planejamento, vai investir R$ 3 milhões ao longo dos próximos três anos em uma reformulação do Portal do Software Público Brasileiro, site de compartilhamento de soluções de gestão baseadas em software livre do governo federal.

Serão feitas alterações na plataforma tecnológica do portal destinadas a introduzir conceitos de gameficação, além de permitir o desenvolvimento e gereciamento dos softwares dentro do próprio site.

O trabalho é dividido em duas frentes, comandadas por diferentes departamentos da Universidade de Brasília. A parte de design é comandada pelo MídiaLab Laboratório de Pesquisa em Arte Computacional e o desenvolvimento pela área de Engenharia da Computaçção da UnB em Gama.

As melhorias serão feitas ao longo dos três próximos anos, com algumas entregas ainda em 2014, segundo o diretor de Governança e Sistemas de Informação da Secretaria de Logística e Tecnologia da Informação do Ministério do Planejamento, Luis Felipe Coimbra Costa, durante apresentação no Forum do Software Livre nesta quinta-feira, 08.

“O objetivo é melhorar a visibilidade da avaliação das comunidades, empresas e profissionais dentro do Portal”, resume Costa. As mudanças foram feitas a partir de um “estudo sistêmico” do ecossistema do site feito pelo CTI Renato Archer, de Campinas.

A resposta da SLTI parece ser para recriar o mercado externo, dentro do mundo limitado das soluções open source e fornecedores cadastrados no portal, fortalecendo os fornecedores e profissionais mais competentes por meio de avaliações dos clientes.

Outras medidas estão em curso. Ainda dentro da reformulação do portal, será criado um ambiente de demonstração na nuvem das ferramentas, visando diminuir o número de clientes que fazem o e fracassam em fazer a implementação de soluções não apropriadas.

Outra, sobre o qual Costa não deu maiores detalhes, é reduzir, em pelo menos alguns casos, as barreiras de entrada no site, que hoje exigem certificação dos softwares junto ao INPI, conhecido pela sua lentidão, além da compliance com a licença GPL v2.

Investimento nos mais de 60 softwares disponíveis no portal também não está descartado. Um total de R$ 800 mil serão aplicados no Cacic, um configurador automático desenvolvido pela Dataprev. 

Além do orçamento do Ministério do Planejamento, o Portal do Software Público Brasileiro também pode se beneficiar de recursos vindos de outros ministérios.

Um exemplo citado por Costa é o da Universidade do Vale do São Francisco, localizada em Juazeiro do Norte, cidade de 214 mil habitantes a 500 km de Salvador, na Bahia.

A instituição captou R$ 150 mil junto ao Ministério da Educação e fechou um acordo como o Portal do Software Público no qual os alunos da institução receberão bolsas para colaborar no desenvolvimento dos softwares e fazer implementações nas prefeituras da região por meio de empresas júnior ou incubadas.

De acordo com Costa, a iniciativa é vista no Ministério do Planejamento como um projeto piloto que eventualmente pode ser incrementado, inclusive com uma dotação orçamentária exclusiva.

“Podemos usar as universidades para alcançar essas prefeituras com pouco o a tecnologia e profissionais”, resume Costa, fazendo uso de um argumento frequente dos defensores do Portal do Software Público para rebater as críticas de empresários para os quais a iniciativa configura uma ingerência indevida do governo no mercado de software. 

A oposição à iniciativa – à política do governo de incentivo ao software livre, em geral – vem com mais força da Abes, associação que representa grande parte do PIB gerado por software proprietário do país. 

Empresários que hoje enfrentam a competição do Portal do Software Livre, como fornecedores de sistemas de gestão proprietários para prefeituras, por exemplo, se manifestaram com alguma estridência no lançamento da inciativa e tem assistido os últimos desenvolvimentos em silêncio.

Alguns deles, inclusive, parecem ter adotado a lógica do “se não podes vencê-los, una-se a eles”. 

Até agora, o caso mais destacado era o da DBSeller, uma desenvolvedora de ERPs para prefeituras que decidiu abrir o código no Portal e recebeu em troca um boom de exposição e novos contratos.

A DBSeller era uma empresa pequena quando tomou a decisão. De uns tempos para cá, empresas maiores tem se interessado pela proposta. 

No final de abril, a Central IT abriu o código do software de gestão de serviços de tecnologia CitSmart no Portal. 

Segundo informações do Valor Econômico, a Central IT fechou o ano ado com receita de R$ 64 milhões e 20 contratos de licença de software e prestação de serviços, voltados quase que exclusivamente a clientes de governo.

A meta para este ano é crescer mais que 100%, para R$ 135 milhões. As estimativas divulgadas pela empresa no Valor apontam que os contratos de serviços devem chegar a R$ 30 milhões este ano e a R$ 100 milhões a partir de 2015.

Colaboraram com esta matéria: 2i5360
Laureano Struck, Jorge Luis Cavalcanti Ramos

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