
Segundo estudo global realizado pela IBM, São Paulo tem o sexto trajeto mais penoso entre casa e trabalho, sendo que para 61% dos entrevistados paulistas que se deslocam para o trabalho o tráfego piorou nos últimos três anos, e outros 26% consideram que piorou muito.
A análise, feita em maio deste ano, contemplou 20 cidades distribuídas e ouviu 8.192 motoristas para analisar as diferenças regionais em padrões de percurso entre casa e trabalho, a relação entre trânsito e desempenho no trabalho e na escola, saúde e estilo de vida, planos de viagem, entre outras questões. Foram analisadas cidades em países em desenvolvimento como Nova Déli e Pequim, assim como capitais européias como Madri e Londres.
A pesquisa revela que a recessão econômica levou 32% dos condutores locais a mudar a forma de chegar ao trabalho. Entre esse grupo, 21% estão adotando esquemas de transporte solidário e 15% estão trabalhando mais em casa. 60% dos condutores - a quarta porcentagem mais alta dentre as 20 cidades - trabalham pelo menos um dia por semana em casa, e 16% trabalham os cinco dias em esquema home Office.
Além disso, 73% dos motoristas disseram que o tráfego urbano afetou negativamente a saúde, sendo constatado o aumento de estresse em 55%, segundo índice mais alto entre todas as cidades apenas após a Cidade do México, com 56%.
Outros 38% disseram que o tráfego afetou negativamente seu desempenho no trabalho/escola, 45% consideram que houve uma ocasião nos últimos três anos em que o tráfego estava tão ruim que eles deram meia-volta e retornaram para casa e 47% decidiram não fazer uma viagem no último mês devido ao tráfego previsto, sendo que as mais canceladas foram as de lazer (44%).
Outra demonstração de como o tráfego pode interferir na qualidade de vida é que 55% dos condutores disseram que eles gastariam mais tempo com a família e amigos, 52% se exercitariam mais, 47% teriam mais tempo para o lazer e 39% dormiriam mais.