
É possível acompanhar em tempo real a entrega. Foto: flickr.com/offstandard
Depois dos apps de taxi, o mercado de aplicações para frete também se intensifica com a chegada ao mercado brasileiro do aplicativo Speedyboy.
Disponível para Android e iOS, o aplicativo é baseado na geolocalização, que a partir do endereço de retirada encontra o motoboy mais próximo para realizar o serviço.
Dentre os benefícios, o contratante terá mais agilidade para a retirada de sua entrega, com a vantagem de acompanhar em tempo real a corrida.
Já o motoboy ganha no deslocamento e preenchendo seu tempo ocioso, porque poderá trabalhar sempre na área onde estiver, sem precisar atender a um chamado do outro lado da cidade, por exemplo.
Além de monitorar o trajeto de sua entrega, o contratante tem a segurança de que ela será feita com agilidade, e não será colocada em uma lista de espera. Isso porque ao receber uma notificação sobre um serviço em seu smartphone, caso o motoboy aceite a proposta, só receberá outro trabalho do Speedyboy quando terminar o anterior.
Além disso, a plataforma oferece aos entregadores a possibilidade de acumular pontos por cada indicação de novos usuários, sejam eles entregadores ou clientes do sistema, na plataforma. Em seu número de registro fica acumulada essa pontuação, revertida em dinheiro.
Segundo Cesar Augusto dos Santos, diretor de operações do Speedyboy, a ideia é garantir um pool de benefícios não só para as empresas, mas também para os próprios motoboys.
“Esse novo serviço oferece aos motoboys a possibilidade de reduzir drasticamente seus gastos com combustível, lubrificantes e reduz a depreciação de sua moto, contribuindo, ainda, para a redução de poluentes nas cidades onde atuam”, comenta Santos.
Além de Santos, a Speedyboy tem à frente da gestão os empreendedores Marcelo Kussuhara (Country Manager), Alan Chusid (sócio-investidor) e Gustavo Ruiz (sócio-investidor).
No Brasil, a Speedyboy não chega dominando o mercado, muito menos é a primeira no setor. Além dela, a Rapiddo já desenvolveu sua aplicação e planeja uma ação de entrada forte, oferecendo promoção especial para empresas e descontos. Recentemente contaram com um incentivo de R$ 5 milhões da Movile.
Outra já estabelecida no país é a paulistana Loggi, que também lançou uma plataforma oferecendo um serviço de solicitação e gerenciamento de serviços de motoboys.
Ela também recebeu um aporte de R$ 2 milhões por conta de dez investidores-anjo, entre eles Kees Koolen, COO da Uber e chairman da Booking.com, e Nicolas Gautier, da Bolt Ventures.
Com esse aquecimento, resta saber se a concorrência no acirrado mercado de transporte da capital paulista será tão violento quanto o que ocorre no mercado de apps para taxi. Empresas como EasyTaxi estão suspendendo cobranças, comprometendo sua lucratividade para conquistar clientela e desbancar a concorrência.
Nas últimas semanas que houveram greves do transporte público em São Paulo, a plataforma de táxi ofereceu R$ 30 de desconto para qualquer ageiro que utilizasse o código promocional “Socorro”. As corridas que davam menos do valor, saíram de graça durante o segundo dia de greve.