
A Índia lançou na última semana o novo Start-Up India. Foto: Albina Glisic/Shutterstock.
A Índia lançou na última semana o novo Start-Up India, programa focado em promover o empreendedorismo no país. O plano é investir, ao longo de quatro anos, US$ 1,4 bilhão em um fundo para startups.
Com mais de 4,2 mil startups, a Índia é o terceiro maior mercado para as empresas novatas de tecnologia. No ano ado, as empresas desse tipo no país receberam mais de US$ 9 bilhões em financiamento.
O novo programa do governo oferece benefícios que devem facilitar as etapas de abertura, desenvolvimento e venda de startups na índia.
De acordo com o projeto, as startups criadas no país a partir de abril deste ano serão isentas de imposto de renda por três anos. Além disso, os ganhos de capital também serão isentos, se forem investidos em fundos reconhecido pelo governo.
Um aplicativo e um site serão lançados em abril para ajudar empreendedores a registrar suas startups em apenas um dia. Hoje, o processo leva de duas a quatro semanas.
As startups serão autorizadas a certificar sua conformidade com as leis trabalhistas e ambientais sem estarem sujeitas a inspeções nos três primeiros anos.
Outra medida do programa é acelerar a avaliação de pedidos de patente de startups As empresas também receberão um desconto de 80% no custo do arquivamento das patentes.
O governo ainda tem planos para criar várias incubadoras, programas de inovação em escolas e sete parques de pesquisa no valor de quase US$ 14 milhões para fomentar o empreendedorismo no país.
Mesmo com os investimentos crescentes realizados no mercado indiano de tecnologia, o novo programa pode resolver alguns dos desafios apontados por quem realiza aportes de capital no país.
Segundo a BBC, ainda existem problemas quanto à gestão das empresas locais e à dificuldade para fazer negócios, relacionados principalmente à infraestrutura e aos obstáculos regulatórios.
Enquanto a Índia acelera em seus esforços de fomentar a cena local de startups, o Brasil parece que colocou o pé no freio.
Lançado em 2013 pelo governo federal como um fomentador-chave do empreendedorismo no Brasil, o programa Startup Brasil abriu duas turmas por ano (uma por semestre) desde o seu início, mas atualmente parece estar com seu futuro indefinido para novos editais.
Atualmente o Start-Up Brasil apoia atualmente 183 startups nacionais e internacionais, possui uma rede de 17 aceleradoras em 7 estados brasileiros e mais de 50 parceiros públicos e privados.
Em julho do ano ado, em entrevista exclusiva com a reportagem do Baguete, Igor Mascarenhas, gerente de operações do Startup Brasil, explicou que o edital sairia nas semanas seguintes. Entretanto, 2015 já acabou e nada de novas turmas.