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Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil.
O Superior Tribunal de Justiça (STJ) informou que foi alvo de uma invasão hacker na tarde da última terça-feira, 3, e acionou a Polícia Federal (PF) para investigar a ocorrência.
Segundo a Agência Brasil, o ataque causou a interrupção de diversos julgamentos que ocorriam simultaneamente, por videoconferência, nas seis turmas do STJ.
Os sistemas do tribunal, incluindo o site oficial, continuam fora do ar na tarde desta quarta-feira, 4, e todos os prazos processuais foram suspensos ao menos até a próxima segunda-feira, 9.
As demandas que forem urgentes, como liminares em habeas corpus, estarão centralizadas na presidência do STJ e serão julgadas também até segunda.
De acordo com a TV Globo, técnicos do STJ inicialmente verificaram uma falha no sistema interno de proteção da rede. Depois, viram que o erro ocorria no o ao ambiente virtual onde estão hospedados quase todos os sistemas do tribunal.
No início da noite de ontem, a equipe relatou que listou indícios de uma invasão no sistema e que foi detectado um arquivo com características de vírus.
Logo após a descoberta, foram identificadas novas tentativas de ataque.
Como precaução, os links de o à internet do STJ foram, então, derrubados, e todas as contas de usuário que haviam ado a rede nas últimas 24 horas, bloqueadas.
Em nota, o tribunal informou que “todas as sessões de julgamento, virtuais e/ou por videoconferência, estão suspensas ou canceladas até restabelecida a segurança do tráfego de dados nos nossos sistemas”.
A instituição também recomendou que todos os usuários — ministros, servidores, estagiários e terceirizados — não utilizem qualquer computador que esteja ligado a algum dos sistemas do tribunal ao menos até que a segurança das conexões possa ser atestada.
Todos os funcionários do STJ estão em trabalho remoto devido à pandemia.
A queda nas transmissões ao vivo provocou o adiamento de diferentes casos, como a análise de um recurso apresentado pela defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no caso do triplex do Guarujá.
Em embargos de declaração, os advogados pedem que o início do cumprimento de pena seja em regime mais brando e que a multa seja reduzida.
Outro caso que acabou adiado diz respeito a um recurso do Google contra decisão do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) que atendeu a um pedido do Ney Matogrosso.
Ela determinou a retirada do ar de links que relacionem o artista ao deputado Kim Kataguiri (DEM-SP) e ao impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff.