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Axel Henning Saleck, vice presidente global da Rede de Laboratórios de Co-Inovação da SAP.
O Rio Grande do Sul terá um papel especial na segunda fase do SAP Co-Innovation Lab Brasil (COIL), um dos cinco centros no mundo no qual a multinacional alemã desenvolve soluções complementares ao seu portfólio com empresas parceiras.
Sediado há dois anos em São Paulo, o COIL terá uma extensão no SAP Labs Latin América em São Leopoldo, visando maior aproximação com os parceiros locais no Sul do país e o uso da mão de obra do centro gaúcho, que hoje emprega mais de 500 profissionais.
A nova atividade fará parte dos planos de duplicação do centro de desenvolvimento e e instalado no Tecnosinos, um investimento de R$ 51 milhões que deve ser concluído até o terceiro trimestre de 2013.
“A segunda fase deve ter uma ênfase especial no Hana. Nem nós mesmos imaginamos todos os usos possíveis dessa tecnologia”, afirma Axel Henning Saleck, vice presidente global da Rede de Laboratórios de Co-Inovação da SAP, que esteve em São Leopoldo nesta quarta-feira, 07, participando de um evento para parceiros.
A estratégia da multinacional é que empresas parceiras desenvolvam produtos com suas tecnologias para rodar na solução de processamento em memória.
O processo já está em andamento, na verdade, por meio de softwares criados junto com parceiros brasileiros que usam a alta capacidade do Hana para fazer gestão fiscal, realizada em parceria coma Lex Consult, ou de redes elétricas, com a Choice.
Junto com cloud computing e mobilidade, o Hana é parte dos planos da SAP para diversificar seu portfólio e atingir um mercado maior.
Estudos da empresa apontam que, com as novas novas áreas de negócio, a SAP a a disputar um mercado mundial de US$ 230 bilhões em 2015, mais do que o dobro do bolo das soluções de gestão e análise de dados que são sua oferta tradicional.
“O investimento no Hana é alto, mas o custo de propriedade é melhor do que abordagem tradicional num prazo de cinco a oito anos”, acredita Luís Verdi é o novo VP de Vendas e Inovação da SAP para América Latina.
Para Verdi, que foi presidente da SAP no Brasil nos últimos anos e em seu novo cargo está encarregado das vendas da nova linha de ofertas, as empresas devem começar usando o Hana para processar grandes volumes de dados complexos em soluções analíticas, migrando com o ar do tempo também o ambiente transacional típico dos ERPs.
A aposta da SAP no Hana vai além das previsões e das parcerias. A empresa está apostando bastante dinheiro na nova tecnologia também.
No começo do ano, a companhia anunciou um investimento de US$ 500 milhões na plataforma de computação em memória a ser feito em meses.
Do total, US$ 155 milhões serão destinados a startups, por meio de um fundo de capital de risco a ser gerenciado pela SAP Ventures, e outros US$ 337 milhões irão para um programa de incentivo para os clientes migrarem suas bases de dados para a plataforma.
MOBILIDADE
Dois anos depois da sua abertura, o COIL brasileiro conta atualmente com 15 membros ativos - Choice, Ci&T, Cienci, FirsteamAgro, Formers, Gapso, HMSWeb, ITST, JLMS, MC1, Operacional Textil, Prime Systems, Sigga, Ilegra e It’s Mobile -, sendo os dois últimos gaúchos.
Em nível mundial, 110 empresas participam da iniciativa.
Dos 40 projetos criados no Brasil até agora, 60% são na área de mobilidade, inclusive o da Ilegra, que criou um aplicativo para gestão de indicadores corporativos e o da a IT's Mobile, um sistema de automação de força de vendas, ambos funcionando integrados de maneira nativa com o sistema de gestão da SAP.