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Ronald Eikelenboom, diretor de operações da Supercampo. Foto: divulgação.
A Supercampo, plataforma curitibana de comércio eletrônico que tem como sócias 12 cooperativas, adotou a plataforma da CWS, paulistana especializada em e-commerce, para conectar mais de 80 mil cooperados a produtos voltados ao segmento agropecuário.
Lançado no início de 2021, o marketplace atende aos cooperados das sócias paranaenses Agrária, Capal, Castrolanda, Coopertradição, Copacol, Frísia, Integrada e Lar, além das catarinenses Cooperalfa e Copercampos, da gaúcha Cotrijal e da paulista Coplacana.
Todas essas cooperativas, várias delas com faturamento na casa do bilhão de reais, têm lojas físicas, cada uma com suas especificidades em relação a produtos e quantidade de unidades. Até a construção da plataforma, no entanto, nem todas tinham operação digital.
Algumas delas estavam entrando no e-commerce de forma isolada e outras estavam colocando o tema no planejamento estratégico.
“A Supercampo veio para trazer todas essas cooperativas para a mesma página. A gente preferiu entrar no marketplace porque o futuro é esse. Foi uma decisão unânime quando convidamos as cooperativas”, conta Ronald Eikelenboom, diretor de operações da Supercampo.
Os negócios com a CWS começaram na cooperativa Frísia, que já estava no digital há mais de oito anos e tinha projetos com a empresa há três. A plataforma da Supercampo já vinha sendo construída, mas o projeto começou efetivamente em dezembro de 2019.
“A gente já vinha conversando e, realmente, quando constituímos a Supercampo entramos forte com eles no mercado. Eles têm um diferencial de realmente poder compartilhar todo o conhecimento no mercado digital, a gente apostou neles e foi um sucesso”, conta Eikelenboom.
Segundo o executivo, a concorrência existe, mas o modelo de negócio da Supercampo é único.
“É um projeto que só faz sentido de forma coletiva, a estratégia é trazer a demanda e oferta das cooperativas para uma plataforma única, onde podemos somar esforços e ganhar escala”, explica Renato Greidanus diretor-presidente do Conselho de istração da Supercampo.
Na primeira fase, a plataforma começou com a venda de produtos agrícolas e agropecuários, como ferramentas, equipamentos, pneus e lubrificantes. A segunda e a terceira fase ainda estão em estudo, mas o plano é seguir vendendo somente para cooperados.
O marketplace já tem mais de 26 mil unidades de manutenção de estoque (conhecidas no jargão pela sigla em inglês SKU) cadastradas e a logística é por conta de cada fornecedor ou do seller, sem nenhum estoque nem centro de distribuição da Supercampo, que será apenas uma intermediadora.
“Estamos buscando ter uma gama grande de produtos para poder atender todo esse mundo do agro, que é grande e complexo. Além disso, a sede em Curitiba é um polo estratégico para poder atender as cooperativas”, destaca o CEO da Supercampo.
O marketplace não vai estar integrado aos ERPs das cooperativas. A Supercampo tem seu sistema de gestão próprio, que buscou no mercado mas prefere não divulgar, e faz reportes mensais para as sócias.
A meta do marketplace é se tornar a maior plataforma digital do agronegócio brasileiro até 2025.
No início de 2020, a Marcopolo, fabricante brasileira de carrocerias de ônibus, também fez um projeto com a CWS. Batizada de Marcopolo Parts, a plataforma de e-commerce integra cerca de 60 diferentes tipos de players e conecta o usuário à loja parceira mais próxima.
Fundada há sete anos, a CWS já levantou R$ 39 milhões em investimento e tem mais de 100 colaboradores trabalhando juntos em São Paulo e nas cidades paranaenses de Londrina e Curitiba.
Além da Supercampo e da Marcopolo, a companhia tem clientes como Cofap, Ipiranga, JS Peças, Rodobens e Saint-Gobain.