
Vicente Lima, diretor da Symantec no Brasil. Foto: divulgação
A norte-americana Symantec, especializada em equipamentos e softwares de segurança e gestão de dados, deve iniciar em 2013 a fabricação de dispositivos de backup no Brasil.
Conforme informações do Valor Econômico, as negociações para a o projeto estão em fase adiantada e o anúncio oficial pode ser realizado no próximo semestre, com a probabilidade de instalação em alguma cidade de São Paulo.
Assim como no exterior, no Brasil a produção de dispositivos da marca será terceirizada, atendendo ao mercado de toda a América do Sul.
Segundo declarou ao Valor o diretor-geral da Symantec no Brasil, Vicente Lima, o projeto incrementa o portfólio de backup da companhia no país, onde em agosto ado a Symantec iniciou a oferta destes dispositivos.
Hoje, 50% da receita da Symantec no país vem da divisão de equipamentos e soluções de backup.
Desde o fim do ano ado a companhia vem incrementando seus investimentos no país.
Em setembro de 2011, elevou Wagner Tadeu de diretor-geral da empresa no Brasil para vice-presidente na América Latina, deixando o cargo local para Lima, que assumiu em janeiro.
Em novembro de 2011 a companhia também iniciou a fabricação local dos CDs em que são instalados seus antivírus da marca Norton.
Em março deste ano, anunciou a fabricação no Brasil de toda a linha Norton, incluindo antivírus, Internet Security, Norton 360, Norton Ghost, Norton Mobile Security, Norton Tablet Security e futuras soluções.
Com a produção local, a meta é reduzir em 70% o prazo entre solicitação dos distribuidores e entrega dos produtos (de 25 para 7 dias), e incrementar em 20% as vendas no mercado de varejo nacional.
Bons ventos que sopram o crescimento da operação nacional: no ano fiscal 2012, encerrado em março ado, a Symantec cresceu 24% no país.
A empresa não divulga o valor de faturamento local, mas revelou receita global de US$ 6,73 bilhões no período, alta anual de 9%. Nisso, o Brasil teve fatia em torno de 2,5%, segundo balanço da companhia.
O presidente do Conselho da Symantec, Steve Bennett, também já demonstrou interesse de instalar um laboratório de análises de vírus no Brasil.
A oferta local de serviços de gestão de segurança também está na mira.
Prestados remotamente, por meio de centros instalados no exterior, os serviços dependem de uma parceria local para infraestrutura de entrega que a Symantec ainda não fechou por aqui.
Segundo Lima, a empresa também estuda alianças com operadoras de telecom do país para ampliar a venda de serviços de gestão de aplicativos móveis corporativos.