
Washington Tavares. Foto: divulgação.
De olho no potencial aplicações inteligentes em ambientes urbanos, a brasileira Tacira iniciou suas operações no país, querendo se firmar como a primeira integradora de TI focada em projetos de smart cities e smart places.
A companhia nasce com sede em São Paulo e unidade em Londres, cidade referência em projetos de smart cities, por meio de um investimento do Ceres Group, empresa internacional de investimento em iniciativas de sustentabilidade.
Embora o valor investido para a ciração da Tacira não seja aberto, a companhia é uma das investidas do Ceres Group no segmento de TI. Nos últimos dez anos, a organização investiu em uma dezena de companhias de diferentes segmentos, inclusive tecnologia.
Atualmente com três projetos-piloto em andamento no país, a Tacira agora quer escalar o número de projetos e parceiros no país. A companhia estima que nos dois primeiros anos de operação sua tecnologia beneficie cerca de 10 milhões de cidadãos.
"A estimativa é a realização de 10 projetos no valor de R$ 5 milhões cada. Desta forma, a Tacira pretende faturar cerca de R$ 50 milhões nos primeiros dois anos de operação somente no Brasil", afirmou a companhia em nota.
Segundo destaca Washington Tavares, diretor da companhia, o objetivo é se tornar rapidamente uma referência em integração de projetos de cidades e locais inteligentes no país, com uma abordagem verdadeiramente integrada e capaz de atender de fim-a-fim, com foco em áreas como educação, saúde e segurança.
De acordo com o executivo, atualmente no mercado brasileiro não existe uma oferta que inclua a integração e a informação consolidada entre as soluções - como por exemplo educação e segurança - havendo apenas a entrega de serviços digitais, porém não inteligentes.
"Nossa metodologia usa as melhores práticas internacionais em uma abordagem integrada para a construção de um projeto que atende à situação específica do município. inteligência da cidade começa mesmo a acontecer quando as informações geradas pela tecnologia e pelos usuários são vistas de forma integrada e com objetivos bem definidos", explica Tavares.
Para atender nacionalmente, a empresa firmou parcerias com fornecedoras de tecnologia e canais em todo o país para a implementação de seus projetos, expandindo a sua rede de acordo com a demanda. Em sua operação-base, focada no desenvolvimento dos projetos e no acompanhamento das implementações, a empresa conta com 25 pessoas.
Atualmente a empresa conta com três parceiros no país, responsáveis pelos projetos-pilotos - um na de Águas de São Pedro, interior de São Paulo, outro em Lavras, sul de Minas Gerais, e o terceiro em Itatiba, também no interior de São Paulo.
Em Águas de São Pedro, cidade em que a Vivo desenvolve um projeto inovador de conectividade para cidades inteligentes, a companhia colaborou com o Boulevard Gourmet, com infraestrutura pública de Wi-Fi, hotsites com guias e informações da cidade, check-in na área com integração Foursquare, Facebook e Google, além de receber notificações nos canais (aplicativo, web e e-mail) sobre promoções, clima, eventos, entre outros.
Em Lavras, o projeto é direcionado para o combate à dengue, com um aplicativo que funciona como um canal direto entre a população e a prefeitura, onde usuários podem fotografar locais suspeitos de foco da dengue, enviar a imagem e solicitar a visita de um agente da Prefeitura.
O projeto em Itatiba é semelhante ao de Águas de São Pedro, com Wi-Fi público, totens de informação e beacons inteligentes para a praça José Bonifácio, no centro da cidade.
Segundo Tavares, a experiência dos pilotos é apenas uma amostra do que é possível fazer no âmbito de istração pública, mas também serve como uma vitrine para outros projetos em que a empresa também pretende atuar, que é o de smart places.
"Podemos também implementar projetos de inteligência em locais como shopping centers, hipermercados, lojas. Nossas soluções são capazes de ir além do setor público", explicou o diretor da Tacira.