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Da esquerda para a direita: Renata e Maurício Betti, os irmãos fundadores, ao lado da sócia Jaqueline Padilha (Foto: Divulgação)
A Talent Academy, startup paulista do setor de RH, levantou R$ 3 milhões em rodada seed liderada pela Ace, venture capital voltada para empresas em estágio inicial, que aportou dois terços do valor.
O restante dos recursos veio da 1289 Capital, também especializada em negócios early stage e de crescimento acelerado, da Bossanova Investimentos e de outros investidores-anjo.
Criada em 2018 como uma spin-off do Grupo MBA Empresarial, uma consultoria de recursos humanos, a Talent Academy é uma plataforma que permite organizar dados sobre o perfil profissional e gerar trilhas de desenvolvimento customizadas.
Isso é feito com base em fatores motivacionais, impacto desejado, competências e performance.
Os fundadores são os irmãos Maurício (CEO), um com MBA no MIT e trajetória de dez anos em companhias como BCG, Bain e Google; e Renata Betti, jornalista que integrou a Endeavor. Eles criaram a empresa ao lado da psicóloga Jaqueline Padilha.
Hoje, a plataforma possui mais de 130 mil usuários e oferece quatro ferramentas para análise de perfil comportamental, pesquisa de clima e pulso, desenvolvimento de competências socioemocionais e avaliação de desempenho com insights.
A HRTech está presente em mais de 40 países de cinco continentes, nos quais já soma 140 clientes.
Esse é o segundo aporte que a Talent Academy capta. Anteriormente, já havia levantado R$ 1,5 milhão com a Bossanova, 1289 e investidores-anjo.
No ano ado, a startup foi vencedora do Bring your SaaS, um programa de seleção de startups da gaúcha Meta. Como recompensa, recebeu mentoria técnica e um investimento potencial de R$ 1,5 milhão, atualmente em negociação.
Em 2021, a HRTech foi uma das 15 selecionadas globalmente para participar do Berkeley SkyDeck, um dos principais programas de aceleração de startups do mundo, realizado pela Universidade da Califórnia, em Berkeley.
Na época, a Talent Academy recebeu US$ 105 mil, cerca de R$ 500 mil.
De acordo com Maurício Betti, CEO da empresa, o montante captado nessa nova rodada será aplicado principalmente em tecnologia e vendas.
O objetivo é aprimorar os produtos oferecidos pela startup e acelerar a expansão do seu time comercial, como estratégia para ampliar sua atuação no Brasil e na América Latina.
Para 2023, a startup planeja quadruplicar seu faturamento, bem como dobrar o tamanho do time, expandindo sua rede de especialistas e consultores de RH, e lançar novas funcionalidades para unificar a jornada das ferramentas da plataforma.
Até 2024, a empresa pretende realizar uma nova rodada de investimentos série A.
Pedro Carneiro, sócio e diretor de investimentos da Ace, conta que viu na Talent Academy um software que os usuários amam de verdade e am todos os dias.
"A experiência de uso é surpreendente e coloca o negócio em uma posição muito privilegiada. Estamos animados para ajudá-los a realizar seu potencial com esse investimento e a expertise da Ace em apoiar startups”, afirma Carneiro.
Fundada em 2012, a Ace é uma holding de inovação que atua primariamente como venture capital investindo em empresas early stage. Desde seu lançamento, já realizou aportes em mais de 120 startups, concluindo o exit de 26 delas.
Já a 1289 Capital, no mercado há quatro anos, se descreve como uma sociedade de investimentos focada em negócios de crescimento acelerado com modelos escaláveis. Entre suas investidas estão Connectabil, Doji e Worc.
A Bossanova foi criada em 2015 por meio da união do portfólio dos investidores anjos João Kepler e Pierre Schurmann. Depois disso, agregou sócios como Grupo BMG, Thiago Oliveira, Thiago Nigro e Janguiê Diniz.
No seu portfólio, constam mais de 550 startups, como RankMyApp, Smarthint, Kinvo, Hand Talk e Hallo, além de exits como dLieve, Agenda Edu, Melhor Envio e Pedala.
Com cerca de R$ 500 milhões de ativos sob gestão, a venture capital já investiu em mais de 1,6 mil startups de forma direta e indireta.