
Ana Araújo, diretora de produto do Teckler, diz que a startup quer 4 milhões de posts em seis meses. Foto: divulgação
A plataforma de conteúdo Teckler promete rear 70% da receita gerada pelos anúncios para os usuários que produzirem posts. A empresa tem projeto pretensioso, com investimento de US$ 1,5 milhão de seus sócios.
Com tematização variada, o site apresenta textos, imagens e vídeos gerados por pessoas interessadas em publicar conteúdo independente e ser remunerado por isso.
Nascida no Brasil, a novidade foi lançada na metade de maio simultaneamente em 164 países, em 13 idiomas diferentes. O CEO e fundador, Claudio Gandelman, acredita que o público potencial contabilize mais de 4 bilhões de pessoas.
A diretora de produto, Ana Araújo, que tem agem pelo marketing da Coca-Cola, acompanhou toda a criação da plataforma na parceria com Gandelmann, experiente do mercado financeiro e ex-CEO da Match.com para América Latina.
Com a trajetória no site de relacionamentos, o executivo queria escrever um livro sobre o tema, mas viu que o mercado editorial no Brasil impunha muitas barreiras e dificuldades para transformar o tema em obra impressa.
Foi então que surgiu a ideia de criar um portal no qual os usuários podem postar sobre qualquer conteúdo que lhes interesse e, ao mesmo tempo, são remunerados por isso. Cada pessoa pode ter até cinco perfis para falar de temas diferentes assinando com nome verdadeiro ou fictício.
“Os participantes não recebem pela quantidade de conteúdo, mas pela quantidade de visualização que cada conteúdo gera”, explica Ana. Os posts são auditados durante 30 dias e, após esse período, o cadastrado pode solicitar seu pagamento através de uma conta PayPal.
O valor de cada visualização varia de acordo com o anunciante exibido na postagem, variando de US$ 0,40 a US$ 15,00 a cada mil visitas.
“Acreditamos que o Teckler tenha surgido para criar uma revolução, algo que realmente faz a diferença. E por isso o percentual da receita para o usuário é o maior. Este é um valor justo”, aponta.
Com 15 dias de funcionamento, o site já ou dos 25 mil tecks – nome dado às postagens. Ana diz que esta é uma meta mil vezes acima do esperado e que os objetivos são baseados no volume de publicação, não de usuários. Por isso, em seis meses, a startup quer alcançar 4 milhões de tecks.
Segundo Ana, A grande vantagem em relação a um blog é não precisar de uma manutenção constante, já que muitos temas são atemporais e a audiência dinâmica. “Nossa intenção é fomentar uma mudança no mercado, dar oportunidade para pessoas comuns serem formadoras de opinião recebendo por isso”, justifica.
Sediada no Rio de Janeiro, a empresa conta com oito colaboradores, entre desenvolvedores, arquitetos de informação e especialistas, todos considerados sênior pela diretora. A equipe levou seis meses para desenvolver o projeto.
O Teckler tem a parceria com os anunciantes de todo o mundo e pretende que as empresas utilizem a ferramenta como uma nova opção de publicidade. A diretora acredita com o mercado digital cada vez mais segmentado a proposta pode ser atraente para as empresas.
Os criadores argumentam que o produto oferece visibilidade em conteúdos definidos por relevância e nicho de interesse. “Hoje, com raras exceções, é difícil se comprar publicidade com segmentação baseada em comportamento. A análise de perfil por consumo de conteúdo é mais assertiva e perene”, defende o CEO.