
O Tecnopuc vai iniciar em 2012 obras no valor de R$ 10,4 milhões para a expansão do espaço disponível no parque tecnológico ao lado do campus da PUC-RS, em Porto Alegre.
A maior fatia – R$ 8,5 milhões, vindos do governo federal através da Finep – será destinada à construção de um edifício de três andares e cerca de 2 mil metros quadrados no espaço hoje ocupado por um antigo ginásio pertencente ao quartel do 18º Regimento de Infantaria, onde hoje está o parque.
O espaço deve abrigar as entidades atualmente instaladas no parque como Assespro-RS e Abinee, além de oferecer espaço para novas empresas baseadas no conceito de co-working, no qual os profissionais compartilham áreas de trabalho e infraestrutura.
O local contará ainda com um anfiteatro e áreas de convivência. “Esse novo prédio tem tudo a ver com os desejos dos empreendedores da web 2.0”, aponta o diretor do Tecnopuc, Roberto Moschetta.
A segunda novidade é a reforma e ampliação do prédio onde hoje se encontra a Incubadora Raiar, que será triplicado para 1,5 mil metros quadrados, com R$ 1,8 milhão em recursos do governo estadual, através do programa de incentivo a parques tecnológicos PgTec.
Além de aumentar o espaço para as 11 incubadas já instaladas, a reforma permitirá duplicar o total de empresas no local e abrir um espaço para a chamada pós-incubação, no qual poderão ganhar maturidade negócios recém-saídos da Raiar, mas ainda não preparados para o parque.
Durante as obras, a Incubadora será transferida para o prédio atualmente ocupado pela Tlantic, que por sua vez está de mudança para meio andar no novo Portal Tecnopuc.
Uma terceira ampliação em andamento, essa sem efeito na questão de ampliar espaços no concorrido parque, é a do Centro de Pesquisa sobre Armazenamento de Carbono da Petrobrás, que deve pular de dois para cinco andares.
Crescimento no limite
Quando as novas obras forem entregues, o que deve acontecer em 18 meses, o Tecnopuc ficará próximo do esgotamento do espaço disponível para novas ampliações.
A “última fronteira” seria o estacionamento da entrada pela Bento Gonçalves, onde seria possível construir um novo edifício nos moldes do Portal Tecnopuc, prédio de 15 andares que duplicou a área disponível para empresas no parque tecnológico da PUC-RS.
Embora não descarte a possibilidade da construção de um novo prédio, Moschetta prefere enfatizar o espaço disponível na chamada Fase III do Tecnopuc, que está se iniciando no antigo seminário marista de Viamão.
O local dispõe já na largada de 33 mil metros quadrados – mais que o Portal Tecnopuc inteiro – além de estar situado em uma área total de 15 hectares.
“O espaço está disponível e as futuras empresas âncoras terão condições diferenciadas na configuração do espaço”, aponta o diretor do Tecnopuc, fazendo menções às companhias maiores que subcontratam serviços de outras, nos moldes do que fizeram Dell e HP na operação atual.
No final de 2010, o pró-reitor de pesquisa e pós-graduação da PUC-RS, Jorge Audy, sinalizou que o espaço do parque em Porto Alegre não deveria ser ampliado.
Meses depois, a universidade anunciou a contratação do ex-secretário de Ciência e Tecnologia, Julio César Ferst, com a missão de assumir expansão do parque tecnológico em Viamão.