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Quem vai ficar com GVT? Foto: divulgação.
A possibilidade de fusão entre a TIM e GVT ganha força novamente. A Telecom Itália, controladora da operadora brasileira, ofereceu 20% de seu capital para comprar a operadora de telefonia fixa no país.
Segundo informação do Valor, nos últimos dias, a empresa italiana vem conduzindo reuniões com a sa Vivendi, dona da GVT, para encaminhar a fusão, assim como uma parceria estratégica na Europa.
De acordo com fontes ligadas às conversas entre as duas empresas, pelo acordo a GVT seria transferida aos italianos e os ses ficariam com um quinto da Telecom Italia mais uma fatia minoritária da nova empresa que se originaria no Brasil.
Com estes termos, a GVT seria comprada por cerca de € 3 bilhões, já que a Telecom Italia é avaliada na bolsa de Milão em € 15 bilhões. O valor é menos do que a metade pedida originalmente pela Vivendi (€ 7 bilhões) quando colocou a GVT à venda em 2012. O valor de mercado da empresa, segundo analistas, é de € 5 bilhões.
Entretanto, com as negociações, a idéia da Telecom Itália é alinhar outras estratégias de interesse para a Vivendi. O plano dos italianos é usar sua rede para distribuir o conteúdo da Vivendi, dona da Universal - estúdio focado em entretenimento - cinema e televisão.
A oferta da Telecom Itália é uma resposa à investida feita pela Telefónica na última semana. A operadora espanhola, que é dona da Vivo no Brasil e também controla parte da Telecom Itália, desde que adquiriu uma fatia acionária da holding Telco.
A oferta da Telefónica foi de R$ 20,1 bilhões (cerca de € 6 bilhões) pela GVT - sendo R$ 11,96 bilhões, mais dívida e mais 12% de participação na Telefônica Vivo, e se houver interesse, 8,3% da fatia na Telecom Italia, mais a dívida.
Com o avanço agressivo da Telefónica nas negociações, as conversas entre GVT e Telecom Itália, que antes eram tratadas de forma privada, devem se tornar públicas.A proposta da Telecom Italia deve ser apresentada ao longo das próximas semanas. A oferta da Telefónica é válida até 3 de setembro.
A expectativa é que a Telefônica Vivo eleve sua proposta pela GVT. Mesmo assim, a decisão para os ses não é simples. A oferta da Telefónica é mais uma proposta de compra, enquanto as tratativas com os italianos envolvem um plano de fusão e estratégias de negócio.
A Vivendi é uma companhia mais focada no entretenimento, sem ativos fixos de peso, como são as operadoras de telefonia. De acordo com analistas, vender a GVT e receber o dinheiro na hora agrada mais aos acionistas.
Agora resta saber qual será o resultado final. As cartas estão na mesa.