INVESTIMENTO

TI não ficará de lado, diz BNDES 2n2kd

Segundo banco, mudança de foco nos investimentos não interfere no fomento aos projetos de inovação tecnológica. 5g732m

30 de outubro de 2013 - 17:23
Luciano Coutinho. Foto: Baguete.

Luciano Coutinho. Foto: Baguete.

Embora o governo tenha apontado os projetos de infraestrutura como o foco prioritário do BNDES, o banco afirma que não relegará a segundo plano os seus investimentos em inovação e tecnologia.

A declaração vem diretamente de Luciano Coutinho, presidente do BNDES, que esteve em Porto Alegre nesta quarta-feira, 30, para o seminário "Construindo startups de classe mundial", realizado no Tecnopuc pelo Instituto Talento Brasil e apoiado pelo banco.

Para o executivo, a mudança de foco nos investimentos do banco não interfere em nada no fomento aos projetos de inovação tecnológica. Segundo ele atesta, a participação do banco em eventos desta natureza é uma forma clara de demonstrar isso.

"Para este ano, investimos cerca de R$ 2,2 bilhões em programas de tecnologia e inovação. Queremos fechar o ano na casa dos R$ 3,5 bilhões", afirmou Coutinho.

Ele também adiantou detalhes sobre novos investimentos no fundo Criatec, fundo de capital semente para empresas emergentes. Com início previsto para 2014, os fundos Criatec 2 e 3 devem receber investimentos da ordem de R$ 400 milhões.

O BNDES conta com participações em diversas empresas nacionais de tecnologia, como a Totvs e a gaúcha HT Micron - na qual aportou cerca de R$ 50 milhões para a construção de sua nova unidade de encapsulamento de chips, em São Leopoldo.

As declarações de Coutinho oferecem um alívio em meio à notícias de enxugamento nos financiamentos do banco, que receberá menos recursos do Tesouro Nacional a partir de 2014.

Segundo matéria do Estadão publicada no início deste mês, a baixa nos aportes do governo colocaria um pé no freio na concessão de empréstimos. Em empreendimentos em que o BNDES normalmente participaria financiando 70%, ele aria a responder por 50%.

Além disso, o BNDES ficaria mais concentrado nas operações de financiamento dos grandes projetos de infraestrutura, seguindo a promessa do governo federal, que prometeu recursos do banco aos concessionários de rodovias, ferrovias, portos e aeroportos.

Sinalizando este novo direcionamento, hoje mesmo o banco aprovou as condições básicas para o financiamento de longo prazo para os concessionários dos aeroportos de Confins (MG) e do Galeão (RJ).

No caso do setor de tecnologia, isso pode ser uma notícia ruim. Com a queda em aportes, as TICs não seriam as opções mais atrativas para investimentos, devido ao risco e baixa concentração de ativos.

No entanto, o mercado se encontra aquecido, com diversas empresas registrando aumentos em suas receitas. Inclusive, companhias como BRQ, Altus, Aceco TI e outras estão preparando ofertas públicas de ações para o início de 2014, uma mostra do interesse de investidores no mercado.

E é este aquecimento que Coutinho destacou em sua fala durante o seminário. Segundo o presidente do banco, o cenário nacional apresenta diversas oportunidades para a inovação, e o BNDES está atento a isso.

"Temos mercados com imenso potencial, como na Agricultura, energias renováveis, defesa, saúde, entre outros. Queremos financiar estes projetos, mas também atuar como sustentadores de um ciclo de investimentos", explica.

Ao citar "ciclo de investimentos", Coutinho falou da necessidade de estimular a participação de investidores-anjo no processo de fomento à inovação. Segundo ele, a presença destes aportes pode cobrir aspectos que o banco não tem como fazer.

"É uma parceria essencial para auxiliar no desenvolvimento de ideias inovadoras e novos negócios. Além do aporte financeiro, este envolvimento agrega conhecimento aos novos empreendimentos, com avanços em governança e plano de negócios", frisa.

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