TI perde peso na economia brasileira 2y5071

O IBGE divulga nesta sexta-feira, 03, um estudo inédito sobre o setor de Tecnologia da Informação e Comunicação no Brasil.

O levantamento analisou o setor pelo lado da oferta, nos anos de 2003 a 2006, e foi realizado a partir dos resultados das pesquisas econômicas anuais do IBGE.

Mercado

Segundo o IBGE, houve perda gradativa de peso do setor TIC, que havia sido de 8,9% em 2003, principalmente em razão da redução no ritmo de crescimento do segmento de telecomunicações.
03 de abril de 2009 - 11:27
O IBGE divulga nesta sexta-feira, 03, um estudo inédito sobre o setor de Tecnologia da Informação e Comunicação no Brasil.

O levantamento analisou o setor pelo lado da oferta, nos anos de 2003 a 2006, e foi realizado a partir dos resultados das pesquisas econômicas anuais do IBGE.

Mercado

Segundo o IBGE, houve perda gradativa de peso do setor TIC, que havia sido de 8,9% em 2003, principalmente em razão da redução no ritmo de crescimento do segmento de telecomunicações.

Em 2006, as 65.754 empresas brasileiras do setor obtiveram receita líquida de R$ 205,9 bilhões e geraram R$ 82,1 bilhões (valor adicionado e valor da transformação industrial), o que representava, naquele ano, 8,3% do valor total produzido pela indústria, comércio e serviços.

Concentração
O estudo aponta que o setor TIC é altamente concentrado, com 76,1% do valor gerado nas empresas com 250 ou mais pessoas ocupadas. Em contrapartida, as micro e pequenas empresas têm papel importante na geração de postos de trabalho, afirma o IBGE.

A região Sudeste concentrava, em 2006, 65,0% do valor gerado pelo setor TIC, que tinha 95,6% de suas empresas e 71,1% das pessoas ocupadas nas atividades de serviços.

Salário
A remuneração tem média salarial de R$ 2.025,18, em 2006, contra R$ 937,48 do total de atividades industriais, comerciais e de serviços. As telecomunicações se destacam, com média salarial de R$ 3.315,26.

Softwares por encomenda

No setor de informática, o segmento de desenvolvimento de softwares sob encomenda concentrou mais de 30% da receita, entre 2003 e 2006, seguido pelo desenvolvimento, edição e licenciamento de softwares prontos para uso, que no período analisado na pesquisa, caiu de 19,0%, em 2003, para 16,7%, em 2006.

Importações
O estudo demonstra que enquanto o superávit do comércio exterior brasileiro como um todo quase duplicou a partir de 2003 até 2006, o déficit do comércio exterior dos produtos do setor Tecnologias de Informação e Comunicação aumentou em torno de 32%, no mesmo período, em decorrência do aumento das importações.

Sudeste e Sul
Em 2006, as atividades do setor TIC estavam concentradas na região Sudeste no que se refere ao pessoal ocupado (65,6%) e ao valor gerado (64,4%). Em segundo lugar, aparecia a região Sul, com 13,2% do pessoal ocupado e 11,6% do VA. As participações das outras regiões eram, respectivamente, as seguintes: Norte 7,2% e 9,6%, principalmente devido à Zona Franca de Manaus; Nordeste 6,2% e 7,4%; e Centro-Oeste 7,9% e 6,9%.

Em relação ao pessoal ocupado no setor TIC, também se verifica uma concentração no setor de serviços, que, em 2006, reuniam 71,1% do pessoal ocupado, enquanto na indústria essa participação era de 25,6%; e, o comércio continuava mostrando menor importância relativa (3,3%).