TRT determinou reajuste de 7,5% para TI. Foto: flickr.com/stavos52093.
O Tribunal Regional do Trabalho (TRT) julgou na segunda-feira, 30, o dissídio coletivo da categoria de TI do estado de São Paulo. A sentença da Justiça atendeu as principais reivindicações dos trabalhadores: reajuste salarial linear de 7,5%, obrigatoriedade de apresentação de proposta de Participação em Lucros e Resultados (PLR), vale refeição de R$ 15 e aumento de 8% para os pisos.
As conquistas são retroativas a 1º de janeiro, a data base da categoria. Além disso, as empresas ficam obrigadas a pagar o dia parado durante a greve e a estabilidade de 90 dias após o julgamento do dissídio para os funcionários está garantida.
"É uma grande vitória para os trabalhadores da categoria. Foram diversas tentativas de acordo, mas o sindicato patronal foi inflexível durante toda a negociação, utilizando justificativas irreais como crescimento baixo do setor. Espero que agora eles entendam que o profissional quer ser respeitado e valorizado", afirma Antonio Neto, presidente do Sindicato dos Trabalhadores de Tecnologia da Informação (Sindpd).
Outro fator importante para a decisão do tribunal foi o número de acordos coletivos firmados entre o Sindpd e as empresas do setor desde fevereiro. Mais de 500 foram assinados e já contemplavam os índices determinados no julgamento.
"A Justiça decidiu estender para toda a categoria as condições já fechadas com diversas companhias, o que indicava a total viabilidade dos índices pedidos", completa Neto.
Mais de 800 trabalhadores de TI aprovaram a paralisação da categoria em assembleia realizada no dia 15 de fevereiro pelo Sindpd. Na ocasião, os profissionais decidiram decretar greve e ingresso de dissídio coletivo na Justiça do Trabalho. As paralisações do dia de greve da categoria de TI de São Paulo (21/02) atingiram grande parte do setor, segundo o Sindicato.