POLÍTICA

Trump promete chamar Musk para governo 46561

Candidato republicano quer que bilionário dono do X cuide de comissão de auditoria. 27r4y

06 de setembro de 2024 - 11:57
“Eu preciso de um Elon Musk, alguém que tem muita força, coragem e inteligência", diz o candidato (Foto: Depositphotos)

“Eu preciso de um Elon Musk, alguém que tem muita força, coragem e inteligência", diz o candidato (Foto: Depositphotos)

Donald Trump anunciou nesta última quinta- feira, 5, planos para incluir o bilionário Elon Musk na gestão de seu governo caso seja eleito em novembro.

A ideia é que Musk faça uma auditoria financeira e de desempenho de todo o governo federal, como sugerido por Musk, que nesse cenário lideraria o projeto.

Além disso, ele pontua que a comissão recomendaria reformar drásticas a partir de um plano para eliminar problemas de fraude e pagamentos indevidos de impostos.

O republicano promete que as mudanças propostas poderão economizar aos americanos trilhões de dólares dentro de apenas seis meses.

Conforme reporta o site AP News, em seu perfil no X, antigo Twitter, Musk diz estar ansioso para servir os Estados Unidos, se a oportunidade se apresentar, “sem necessidade de pagamentos, títulos ou reconhecimento”.

Apesar de ter se mostrado favorável ao partido Democrata no ado, Musk declarou seu apoio a Trump depois de o político sofrer um atentado enquanto discursava em um comício na Pensilvânia em julho.

Desde então, Musk prometeu doar US$ 45 milhões, aproximadamente R$ 245 milhões, por mês para a campanha do republicano.

No mês ado, os novos aliados transmitiram uma conversa ao vivo no X, em que Trump disse a Musk que ele é o maior “cortador”, em referência aos cortes que o empresário fez no Twitter desde que adquiriu a rede em 2022.

“Eu preciso de um Elon Musk, alguém que tem muita força, coragem e inteligência. Quero fechar o Departamento de Educação e transferir a educação de volta aos estados”, declarou Trump.

Se a gestão no Twitter pode servir de base de comparação, Musk certamente vai gerar muitas polêmicas no governo dos Estados Unidos.

Em meio a longos meses de vai e vem e polêmicas que incluem um processo por parte do Twitter contra a desistência do acordo, Elon Musk adquiriu a rede social por US$ 44 bilhões em outubro de 2022.

Desde sua chegada à liderança do Twitter, o bilionário tem desmembrado rapidamente a rede social, preocupando anunciantes e desagradando usuários.

Apenas em novembro de 2022, Musk demitiu cerca de 3,7 mil funcionários, quase 50% de todo o quadro antes composto por 7,5 mil pessoas. Como resultado, mais de 500 ex-funcionários moveram ações legais contra o dono da Tesla.

Outra decisão que gerou polêmica foi o afrouxamento dos mecanismos de moderação, que permitiu a restituição de perfis antes banidos, como os de Kanye West e de Donald Trump.

O empresário até já itiu em um tweet que precisaria investir suas economias de uma vida inteira na companhia para que ela saísse da pista expressa para a falência.

Na época, o Twitter registrou uma queda de 40% em sua receita diária depois de mais de 500 dos principais anunciantes da plataforma interromperem seus negócios com a companhia devido à nova gestão.

Em dezembro, Musk realizou uma enquete em seu perfil para que os usuários decidissem se ele deveria deixar a direção do Twitter.

Insatisfeita, a maioria de 57,5% votou a favor da saída do executivo, levando-o a anunciar que iria resignar a posição de CEO assim que encontrasse alguém “tolo” o suficiente para aceitar o trabalho.

Em 2023, a rede social anunciou Linda Yaccarino, ex-presidente global de publicidade e parcerias da NBC Universal, como a nova CEO da empresa.

Em um conflito mais recente, Musk se envolveu em uma rusga com Alexandre Moraes, ministro do Supremo Tribunal Federal do Brasil, diante de descumprimentos da empresa no país.

Como resultado, o ministro decretou o bloqueio imediato do Twitter nacionalmente no último dia 31.

Com a decisão, restam na rede social brasileiros que moram fora do país e aqueles que estão usando soluções de VPN para ar a plataforma.

Diante da nova realidade, um grande contingente de usuários da rede social migraram para o BlueSky, fundado originalmente por Jack Dorsey, cofundador e ex-CEO do Twitter. 

Nesse cenário, a plataforma da borboleta recebeu na última semana mais de 2 milhões de novos usuários, dos quais 90% são brasileiros.