
A Unisinos inciou nesta sexta-feira, 03, a transição do sistema de gestão da Peoplesoft para o RM, da fabricante mineira de ERP especializado em ensino comprado pela Totvs em 2006.
Em nota, a universidade jesuíta informa que o processo deve estar concluído até a segunda-feira, 13, e que durante o período alguns serviços estarão indisponíveis.
Com a mudança, todas as instituições de ensino comandadas pelos jesuítas através da Associação Antônio Vieira (Asav) usarão o mesmo sistema.
Além da Unisinos, a Asav controla os colégios Medianeira (Curitiba), Anchieta (Porto Alegre) e Catarinense (Florianópolis).
“O RM foi escolhido por atender tanto aos interesses da universidade quanto aos das escolas. Além disso, é um produto brasileiro e, portanto, adaptado a nossa realidade”, comenta Artur Jacobus, diretor da Unidade de Serviços Acadêmicos.
A migração começou em 2007, nas três escolas. A partir de 2009, o novo sistema também ou a ser utilizado pela Universidade, exceto nas áreas acadêmicas, nas quais a migração acontece agora.
Por isso, durante a semana operações financeiras, processos de matrícula (como inclusões, alterações e cancelamentos) e solicitações de emissão de documentos não estarão disponíveis.
A Unisinos escolheu o mês de fevereiro para realizar a transição de sistemas por ser a época do ano com a menor demanda por serviços.
“O novo sistema simplificará processos e irá, gradualmente, oferecer novos serviços aos alunos, com uma interface mais moderna e mais fácil de ser usada. Assim, os eventuais transtornos dos próximos dias serão logo compensados pelas vantagens duradouras propiciadas pelo RM”, salienta Jacobus.
Apesar de não mencionar o nome da Peoplesoft, a nota resume uma grande virada na estratégia de TI da universidade, desde a implementação, ainda em 2005, do ERP para instituições de ensino da Oracle, concluída a custo de R$ 15 milhões em 18 meses.
O plano então era financiar parte do custo de implementação com a expansão do sistema aos três colégios jesuítas. Em meio a problemas do uso do ERP da Unisinos, as instituições no entanto, resistiram à medida.
Contribuiu para o fato os próprios investimentos já feitos pelas instituições: o Anchieta, por exemplo, já usava alguns módulos do software RM desde 2003.
Com a saída total do Peoplesoft, termina a reviravolta na TI da instituição jesuíta, que tem 23,5 mil alunos matriculados, a maioria no campus de São Leopoldo, mas cada vez mais também em Porto Alegre e Caxias do Sul.
Os problemas na implementação da Unisinos não afetaram os negócios da Oracle com o ERP Peoplesoft no Brasil, pelo menos não aparentemente.
Nos últimos anos, a empresa fechou contratos com Anhanguera e Estácio de Sá, duas das maiores universidades do país, além da prestigiada paulista Mackenzie.