Tamanho da fonte: -A+A 2vl4s
Segundo o coordenador do projeto, professor Ernane Costa, o diferencial do sistema é que enquanto as redes wireless convencionais são controladas por uma estação de rádio com base fixa, a solução da USP é composta de sensores móveis e cada nó pode ser, aleatoriamente, transformado em outra estação de rádio base. Assim, os sensores conseguem se comunicar entre si e transmitir informações para um ponto de apoio principal.
Os sensores de localização têm o tamanho de uma moeda de dez centavos e são presos sob a pele ou na orelha do animal. Existe, ainda, outro tipo de dispositivo, um pouco maior. Com este, é possível captar reações cerebrais do gado, por meio de pequenos aparelhos de eletroencefalograma, e controlar, por exemplo, sua temperatura. Empregado em fazendas de grande extensão, o sistema pode alertar quando um boi se desgarra ou demonstra aspectos incomuns de comportamento ou saúde. A tecnologia também pode ser adaptada para uso em alarmes inteligentes e operações militares, detectando o deslocamento de tropas.
Outra aplicação é à agricultura. Os pesquisadores do Lafac prestarão e a uma empresa do setor agrícola que vai implantar o sistema em pivôs de irrigação. Como é comum que estes aparelhos sejam roubados das plantações, os sensores inteligentes permitirão detectar a retirada das peças.
Ainda não há previsão de lançamento do sistema no mercado. Entretanto, a USP divulga que, em caso de encomenda por alguma empresa privada, a implantação custaria em torno de US$58 mil.