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Foto: Pixabay.
O acordo entre o Instituto de Tecnologia do Paraná (Tear) e o Fundo de Investimento Direto da Rússia para a testagem e eventual produção da vacina Sputnik V no Brasil foi assinado em agosto, mas até hoje não saiu do papel.
Segundo o site Uol, a parceria previa a submissão de dados sobre a Sputnik V à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em setembro e a realização de testes da vacina em outubro. No entanto, nada aconteceu até agora.
Enquanto isso, a própria Rússia começou a imunizar sua população com a vacina no último sábado, 5. Já a Argentina, que também fechou um acordo com os russos, anunciou que disponibilizará as doses a seus cidadãos em dezembro ou janeiro.
A Rússia havia anunciado resultados na última fase de testes da Sputnik V, a fase 3, no final de novembro.
Segundo autoridades do país, a vacina tem eficácia de mais de 95% após a aplicação da segunda dose. Os dados, porém, ainda não foram revisados e publicados por uma revista científica.
Procurado pela publicação, o Tear não detalhou o que impediu o avanço da cooperação, apenas informou que o fundo de investimento russo alterou o projeto negociado com o Brasil. O instituto declarou que aguarda uma definição da Rússia para que a parceria avance.
O site também entrou em contato com o Fundo de Investimento Direto da Rússia, mas o responsável pela divulgação das informações recebeu as mensagens e não respondeu.
Em outubro, o Fundo chegou a divulgar uma nota informando que havia enviado documentos sobre a Sputnik V à Anvisa. Eles serviriam para iniciar o processo de registro da vacina de acordo com as regras do Brasil.
Ainda de acordo com o Uol, a Anvisa confirmou ter mantido contato com membros do governo do Paraná e o do Tear sobre o processo de registro da vacina. As reuniões realizadas, no entanto, seriam de caráter preliminar e serviram somente para antecipar eventuais demandas futuras.
Atualmente, a Anvisa acompanha os testes de quatro vacinas no Brasil: a desenvolvida pela AstraZeneca com a Universidade de Oxford, do Reino Unido; a da Sinovac com o Instituto Butantan, da China; a da Pfizer-Wyeth, dos Estados Unidos e Europa; e a da Janssen-Cilag, também europeia.