
Luiz Felipe Gheller, fundador e CEO do Vakinha. Foto: Baguete.
No Vakinha, o boom de popularidade do presente colaborativo (sharegifting) online está apenas começando. Quem diz isso é o empresário Luiz Felipe Gheller, fundador e CEO do site.
Criado pelo empresário porto-alegrense em 2009, com aporte de investidores-anjo, o Vakinha é um site onde o usuário aponta produtos que deseja ganhar e o valor que ele custa.
A partir disso, conforme o nome do site aponta, pessoas podem colaborar em dinheiro, fazendo uma "vaquinha online" para que o usuário atinja seu objetivo.
No entanto, diferentemente de iniciativas de crowdfunding como o Kickstarter e o brasileiro Catarse, o Vakinha é primariamente uma ferramenta voltada ao e-commerce, com a participação coletiva na compra de produtos, destaca o empresário , em no FIC 2012, em Porto Alegre.
"É basicamente um crowdfunding para presentes. O usuário define o que deseja receber, e amigos e outras pessoas podem ajudar. E mesmo que ele não receba todo o valor desejado, ele fica com o dinheiro", resume Gheller.
A compra dos produtos é linkada a sites parceiros do site, onde o presenteado pode adquirir o produto, ou usar o valor arrecadado como desconto na compra de seu desejo de consumo.
"O nosso plano é firmar o Vakinha como a ferramenta de preferência para as listas de presentes", explica Gheller.
CONSUMO
Para atingir esta meta, ele revela que grandes players do comércio eletrônico nacional estão interessados, com alguns deles já em fase de testes para adotar a iniciativa.
Um exemplo é o chamado "botão vakinha", um ícone que pode ser colocado próximo aos botões de compra nos sites, como já foi adotado em sites de grandes varejistas como a Livraria Saraiva e Submarino.
"É difícil convencer as lojas a colocar uma opção que seja diferente do ato de comprar. Aos poucos eles estão percebendo que esta demonstração de interesse também pode incrementar as vendas", aobserva.
CRESCIMENTO
Conforme o seu CEO, a partir de sua premissa de sharegifting, o Vakinha registra um crescimento de 20% em visitas e cadastros ao ano desde o seu início, com uma média de 43% de projetos financiados colaborativamente.
Gheller não divulgou valores movimentados pelo Vakinha, mas com bom humor, destacou que ainda há um bom caminho a percorrer para se equiparar aos grandes. "Não chegamos nem perto dos R$ 380 milhões do Kickstarter, por exemplo", brincou.
O faturamento do Vakinha resulta de comissões nos valores arrecadados, assim como mensalidades e anúncios junto aos sites de e-commerce parceiros.
FUTURO
Para os próximos meses, Gheller destaca o lançamento do Cartão Vakinha, com o qual o usuário pode usar o dinheiro arrecadado no site para fazer suas compras. Outro plano é levar o site a mercados fora do Brasil.
"Realizamos pesquisas em países como Portugal e Espanha, e vimos que não existem iniciativas semelhantes por lá, o que pode ser uma oportunidade", finaliza.