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Jacobo De Cal y Alonso. Foto: divulgação.
A Violin Memory, empresa norte-americana especializada em soluções de storage em estruturas all flash, iniciou suas operações na América Latina, começando a estratégia pelo Brasil.
A chegada da companhia se dá através de uma parceria com a Arrow ECS, multinacional de distribuição de TI, ando a oferecer no país o portfólio de Flash Storage Platform, que abrange os produtos all flash e também serviços de dados corporativos para Big Data.
A oferta mira a implantação de ecossistemas de armazenamento de missão crítica em clientes potenciais em áreas como governo, bancos, telecomunicações, redes de varejo, entre outros.
Globalmente, a Violin tem dez anos de operação, com cerca de 500 clientes no continente europeu, mercado americano e na Ásia e Oceania, em países como Japão, Coreia, Nova Zelandia e Austrália. Em 2014, a empresa teve um faturamento de US$ 79 milhões.
Começando pelo Brasil, a ideia da empresa é usar a capilaridade da Arrow - que comprou a CNT Brasil em 2014 - para atacar o mercado brasileiro. Além disso, a empresa também está preparando sua entrada na Colômbia e Peru.
"Para o Brasil firmamos acordo com a Arrow. Para estes outros dois países, temos acordo com a CLM", afirmou Jacobo De Cal y Alonso, diretor gerente da Violin na América Latina.
De acordo com o executivo, o foco inicial da empresa no mercado brasileiro será em quatro verticais principais: Governo, Financeiro, Varejo e Telecomunicações.
"São clientes que estão fazendo grandes investimentos em TI e cada vez mais estão lidando com operações de missão crítica, que exigem maior performance no armazenamento de dados", avalia Alonso.
A decisão também vai de encontro ao fato que a escolha por estruturas all-flash array ainda é algo , devido ao seu custo ainda elevado e ainda em estágio de early adoption pelas corporações.
"É uma postura inicial que temos, mas acredito que isso pode mudar rapidamente, à medida que as tecnologias flash ficarem mais baratas e mais clientes adotarem esse tipo de solução. A demanda por storage está cada vez maior e aos poucos vai ir além do HD e SSD", destaca o diretor.
A Violin não é a primeira a chegar no país disposta a emplacar exclusivamente o uso de storage all-flash. A empresa concorrerá com nomes como a conterrânea Pure Storage, que chegou no país em 2014 disposta a se tornar o nome principal no segmento.
A empresa anunciou metas ambiciosas para o país, mas preferiu não acelerar em 2015, em meio ao complicado cenário econômico. A empresa adiou seus planos de fabricar seus produtos no Brasil de 2015 para o final de 2016.
A Violin também optou pela importação de seus produtos em um primeiro momento. Segundo Alonso, o plano inicial é avaliar a demanda através de parceiros e distribuição. Globalmente, o potencial é grande. Segundo o IDC, o mercado de all-flash em data centers saltou de US$ 300 milhões em 2012 para uma estimativa de US$ 1,6 bilhão em 2016.
De acordo com o Gartner, dos US$ 116 bilhões dos gastos com TI previstos para o Brasil em 2015, uma fatia (US$ 65 bilhões) pertence a projetos de infraestrutura de TI e ambientes de processamento e storage de dados.