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Voke aposta no público B2C. Foto: Divulgação.
A Voke, uma das maiores empresas do país de outsourcing de equipamentos de TI, está colocando um pezinho no varejo para pessoas físicas.
A empresa acaba de inaugurar uma loja no Shopping Metrô Tatuapé, um dos pontos comerciais mais movimentados de São Paulo.
Além disso, a Voke criou uma campanha de marketing para o seu negócio de venda de usados, com spot de rádio e mídia para ser exibida nas estações de metrô de São Paulo.
As movimentações são modestas no contexto geral do varejo de eletrônicos (a loja deve funcionar por seis meses, dentro do conceito “pop up”), mas mostram uma frente crescente de negócios para a Voke.
“É uma loja conceito, pensada para conectar o consumidor à marca por meio de uma experiência que une o ambiente físico e o digital. O cliente pode comprar um notebook na loja ou aproveitar os cupons de desconto no nosso e-commerce, que atende o Brasil todo e entrega em até 24h”, explica Caio Roma, gerente de Desenvolvimento Corporativo da Voke.
A tendência é a operação B2C crescer em importância para a Voke. A empresa tem milhares de notebooks, desktops e smartphones alugados em empresas, que, depois do encerramento dos contratos, encontram uma saída no varejo.
Os seminovos, incluindo marcas como Apple, Samsung, Lenovo e Dell, custam até 50% menos do que o valor de um equipamento novo e tem garantia de seis meses, com uma expectativa de vida útil de mais quatro anos.
Até agora, eles eram vendidos apenas por meio de um e-commerce.
A procura aumentou 130% no primeiro semestre deste ano comparado ao mesmo período de 2022, e o faturamento da empresa somente nesta área bateu os R$ 17 milhões.
É apenas uma fração dos R$ 424 milhões faturados em 2022, quase o triplo do registrado no ano anterior, uma cifra que torna a Voke sozinha dona de cerca de 35% do mercado, pelas contas da IDC.
Mas o crescimento acelerado significa que uma grande parte dos 500 mil equipamentos locados pela Voke precisam encontrar um escoamento nos próximos anos, à medida em que eles sejam substituídos pelos clientes finais.
Num contrato típico de outsourcing, a responsabilidade por dar um jeito nesses equipamentos (o que se chama de “descomissionamento”) é responsabilidade do fornecedor.
Pode estar aí o começo de uma nova fonte de receitas para a Voke.