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Web Summit entre Porto Alegre, DF e RJ 2z145a

Evento realizado em Lisboa busca sede no Brasil para 2023. Três capitais no páreo. 5n5j14

18 de novembro de 2021 - 06:22
Paddy Cosgrove esteve em Porto Alegre. Foto: Mateus Raugust / PMPA

Paddy Cosgrove esteve em Porto Alegre. Foto: Mateus Raugust / PMPA

O Web Summit, um dos maiores eventos do cenário global de inovação, vai acontecer no Brasil em 2023, faltando só definir onde: Porto Alegre, Brasília ou Rio de Janeiro.

O fundador do Web Summit, Patrick Cosgrove e executivos do evento, estão no país para visitas técnicas, incluindo uma em Porto Alegre nesta quarta-feira, 7.

Cosgrove foi recebido na prefeitura pelo prefeito Sebastião Melo (MDB), que ressaltou os esforços para tornar Porto Alegre a “capital da inovação” no país.

“Conquistamos recentemente a vinda do South Summit, que será em março de 2022, e, se o Web Summit optar pela nossa cidade, encontrará um ambiente acolhedor”, afirmou Melo.

O South Summit ao qual Melo se refere é um evento espanhol focado num nicho similar ao do Web Summit, sendo um pouco mais focado em investidores e menos em público em geral.

Em 2019, o último ano em que o evento aconteceu em circunstâncias normais, foram 20 mil participantes para Madri, incluindo representantes de 6,5 mil startups e 1,1 mil investidores.

No mesmo ano, o Web Summit atraiu 70 mil visitantes em Lisboa e e 2,1 mil startups. O evento é mais forte em conteúdo, com 1,2 mil palestrantes.

Em outubro, uma comissão de 50 pessoas esteve na Espanha, incluindo Melo e o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), anunciando com grande fanfarra uma edição do South Summit em Porto Alegre no primeiro trimestre de 2022. 

A estimativa é atrair entre 3 mil e 5 mil pessoas ligadas a negócios, e outras 15 mil pessoas visitando o evento em Porto Alegre.

Segundo a apuração do Baguete, o acordo fechado prevê o evento em 2022 e mais a opção para outras três edições.

É justamente aí que reside a fraqueza da candidatura de Porto Alegre para o Web Summit, porque parece difícil de acreditar que o evento português queira dividir atenções com um concorrente menor.

Não se fala muito abertamente disso, mas a vida dos dois eventos envolve dinheiro. Os royalties ficariam em R$ 30 milhões por ano no caso do Web Summit, R$ 10 milhões no do South Summit, de acordo com fontes ouvidas pelo Baguete.

Parece difícil também que prefeitura e governo do estado decidam financiar dois eventos diferentes.

O mais provável é que a visita de Cosgrove em Porto Alegre tenha sido uma “social”, devido ao fato do Rio Grande do Sul ter se engajado desde o começo pela vida do Web Summit, quando a possibilidade surgiu em 2020.

O tema Web Summit no Brasil veio à tona quando o CEO do evento, Paddy Cosgrave, divulgou na sua conta do Twitter a disputa entre Porto Alegre e Rio de Janeiro.

A negociação com o South Summit foi muito diferente. Nenhuma comunicação partiu do evento espanhol, muito menos pelo Twitter, não houve disputa aberta entre cidades, valores não surgiram antes do anúncio e as autoridades gaúchas apresentaram um fato consumado como ponto alto de uma missão organizada para esse fim com ampla cobertura positiva da imprensa local.

Segundo fontes ouvidas pelo Baguete, pode ter influenciado na decisão também um fator político.

A negociação com o Web Summit estava focada em um evento para 2023, e o governador gaúcho, que no momento nutre sonhos de uma candidatura presidencial pelo PSDB, queria um evento com visibilidade para a agenda de inovação na economia gaúcha ainda em 2022.

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