Wi2be aposta no aumento de conexões de banda larga. Foto: Denis Rozhnovsky / Shutterstock
A Wi2be investiu US$1 milhão para começar a fabricação em Curitiba do rádio Smart HP, equipamento destinado para a infraestrutura de provedores de Internet, integradores e organizações que demandem alta capacidade de banda.
Os equipamentos serão manufaturados pela Serdia, também de Curitiba.
A expectativa é que o número de colaboradores da matriz curitibana da companhia cresça em 20%, disse a empresa em nota, sem abrir a quantidade total de funcionários.
“A grande demanda pelos rádios e as projeções de crescimento foram os fatores determinantes para iniciar a produção no país. O impacto do dólar na economia brasileira também acelerou nosso plano de fabricação”, explica Mário Sérgio Veríssimo, diretor-geral e fundador da Wi2be.
Veríssimo projeta uma alta de 36% no faturamento em função da fabricação local, sem abrir valores.
Com a produção local dos equipamentos, a Wi2be se enquadrada nas regras do Processo Produtivo Básico (PPB) da Lei de Informática, o que garante uma carga tributária menor sobre os produtos.
Instituída em 1991, a Lei de Informática isenta 80% do IPI para empresas das regiões Sul e Sudeste, e 95% para as demais regiões, em troca de uma exigência mínima de fabricação nacional e investimentos em P&D e 4% do faturamento líquido das empresas, e 4,35%, respectivamente.
Em nota, a Wi2be não comentou qual será o novo preço dos seus equipamentos no país. Em média, a redução fica em 20%.
Outra possibilidade que fica aberta é a adesão a linhas de crédito como o do Cartão BNDES e do Finame.
O foco da solução é voltado para empresas com licença SCM (Serviço de Comunicação Multimídia), o que em sua grande maioria são ISPs (Internet Service Providers), integradores e pequenas e médias corporações (PMEs).
Os últimos relatórios da Anatel apontam mais de 200 milhões de os banda larga, com crescimento superior a 40% nos últimos 12 meses.
A banda larga fixa responde por 24 milhões, com crescimento anual entre 9 e 10%. Praticamente 50% dos municípios brasileiros possuem apenas um provedor de Internet.
Ainda de acordo com a Anatel, os provedores regionais foram responsáveis por 2,02 milhões de os fixos, ou 8,28% do total de 24,4 milhões de conexões fixas de banda larga. Um outro fator importante é o crescimento de licenças SCM expedidas pela agência, que vem mantendo uma média de 20% por ano e chegando atualmente em torno de 5 mil empresas.