
Xbox One, com o novo controle e novo Kinect. Foto: divulgação.
Três meses depois da Sony apresentar em primeira mão o Playstation 4, seu console para a nova geração de videogames, a Microsoft finalmente mostrou sua arma para entrar de vez na concorrência: o Xbox One.
Também com previsão de lançamento para o final de 2013, o console entra em rota de colisão com o aparelho da Sony, que decidirão nas lojas quem terá a liderança no mercado.
Atualmente, o PS3 tem vantagem mundial, com 77 milhõe de unidades vendidas mas a Microsoft tem a maior fatia - 20 milhões de consoles contra 14 milhões da Sony - nos EUA, onde está a maior renda.
Assim como o PS4, não foi divulgado preço para o novo aparelho. No entanto, especula-se que ficará na faixa de US$ 500 doláres, segundo rumores de alguns lojistas na rede.
O anúncio do nome do novo aparelho pegou especialistas de surpresa, que contavam com diversos nomes diferentes - Xbox Infinty, Loop, Durango, entre outros - e focou em sua força como um centro de entretenimento, apelando para um público além dos jogadores hardcore.
Na parte do hardware, o sistema inclui memória RAM de 8GB, U AMD Jaguar de oito núcleos, memória interna de 500GB hard drive, assim como um drive de Blu-ray para as discos dos jogos, um avanço em relação ao Xbox anterior, que usava DVDs.
O sistema, que terá uma arquitetura de dados semelhante à de PC - que também será usada pela Sony no PS4 - também a HDMI (input para TV e output), USB 3.0, conexão 802.11n wireless. Os jogos rodarão em 1080p a 60 frames por segundo.
Na ocasião, também foi apresentada a nova versão do controle Xbox, que não contém grandes mudanças como foi o controle da Sony, que trouxe touchpads e botões dedicados ao compartilhamento de conteúdos. No entanto, o novo modelo se mantém funcional e ergonômico, o que promete agradar.
Na parte dos jogos, a Microsoft deu poucos porém fortes golpes, mostrando títulos exclusivos como Quantum Break e Forza Motorsport 5, novo capítulo na bem-sucedida série de jogos de corrida, assim como jogos de terceiros como FIFA 14 e NFL 14 (da Electronic Arts) e a nova continuação de Call Of Duty, Ghosts (Activision), que deve repetir o hábito anual de recorde de vendas.
O One, embora não tenha que estar sempre conectado à web - um boato que assustou alguns fãs - terá boa parte de seus serviços ligados à rede, desde o armazenamento de conteúdos (jogos, vídeos, músicas, fotos) na nuvem, até a integração de funcionalidades como comunicação com smartphones e a Xbox Live.
Para firmar de vez o console como um entertainment system para a sala de estar, a Microsoft anunciou recursos de conectividade com programação de TV, assim como parcerias com ligas esportivas como NFL e NBA para conteúdos exclusivos.
Na parte de conteúdos, um dos destaques do lançamento foi a presença de Steven Spielberg, que revelou seu envolvimento na criação de uma série de TV exclusiva para o Xbox, baseada na franquia de games Halo, um dos maiores sucessos da Microsoft.
Embora maiores detalhes não foram divulgados, também foi sugerida a utilização de dispositivos smart glass (smartphones, tablets) como uma segunda tela, auxiliando nos jogos e navegação nos menus.
Uma das vedetes do One foi o Kinect 2, nova versão de um dos carros-chefe do Xbox 360 nos últimos anos. A nova iteração da câmera gravará em 1080p e terá sensores ainda mais refinados de captura de movimentos e som.
Este upgrade no hardware também se refletirá na navegação dos menus, que poderão ser abertos e fechados com poucos gestos e com comandos de voz.
Aliando outros produtos da Microsoft no sistema, esta interface integrada de menu e câmeras também terá o Skype como atração, podendo se conectar a usuários do serviço em outros dispositivos.
Com outros usuários do Xbox One, será possível fazer vídeo conferências sem precisar sair de um jogo, por exemplo.
Como o novo Kinect será usado nos jogos, assim como outras dúvidas na interface de uso do console, o publico só saberá na Electronic Entertainment Expo (E3), que ocorre em Los Angeles em junho.
O PODER DA NUVEM
Um dos recursos badalados, porém não muito especificado, é o uso da nuvem para reforçar o poder de processamento do console. De acordo com o diretor de desenvolvimento do XBox, Moyd Multerer, o sistema poderá contar com transistores em servidores remotos, que se somam ao número limitado de transistores dentro do console.
Com o avanço das tecnologias de banda larga e conexões mais velozes, esta possibilidade de games e processamento na nuvem pode compensar pela perda de poder computacional ao ar dos anos.
Segundo a Microsoft, a base de servidores ligadas no XBox One será cerca de cinco vezes maiores do que a atual quantidade de servidores que o Xbox 360 conta. Só para ter uma ideia, atualmente a Xbox Live, serviço de online gaming da Microsoft, conta com cerca de 46 milhões de s.
Mesmo com todos os anúncios, a batalha de Sony e Microsoft pela hegemonia na nova geração - já que a Nintendo está mal de vendas com o WiiU - terá mais capítulos antes da chegada às lojas.
Tanto a gigante japonesa quanto a empresa de Redmond apresentarão definitivamente seus novos produtos na E3, que começa em 11 de junho, revelando recursos e o lineup de jogos, assim como datas de lançamento e preços. A briga está só esquentando.