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O Centro de Defesa Cibernética do Exército Brasileiro monitorou informações postadas em redes sociais em junho durante os protestos que tomaram as ruas de diversas cidades do país.
A revelação foi feita pelo chefe do Centro de Defesa Cibernética, general José Carlos dos Santos, em entrevista ao O Globo.
“É um processo semelhante [ao usado pela NSA nos Estados Unidos]. A grande diferença é que nós nos baseamos só em informações de domínio público”, destaca o general.
A NSA é o centro de um escândalo por ter coletado dados sobre ligações telefônicas e e-mails de cidadãos americanos sem mandato e com a alegada colaboração de gigantes do setor de tecnologia como Google, Microsoft e Facebook.
O software usado pelo exército é o Guardião, da catarinense Dígitro, especializada em segurança.
O centro funciona no quartel-general do Exército, em Brasília. Da central de monitoração cibernética, Santos comandou um grupo de 50 militares responsáveis por identificar eventuais líderes das manifestações, pontos de potencial conflito e organização de atos de vandalismo, revela o Globo.
Agentes e delegados da PF atuaram em conjunto com o Exército. Outros 24 militares — quatro em cada uma das seis sedes da Copa das Confederações — participaram do monitoramento dos protestos.