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Lucy Koh contra o crack na corte. Foto: divulgação.
Muitas vezes a comédia da vida real supera o humor das mais engraçadas sitcoms. Ontem, no tribunal federal em San Jose, Califórnia, onde ocorre o embate judicial entre Samsung e Apple, foi um destes momentos.
Ao se deparar com uma lista de 75 páginas com vinte nomes de testemunhas a serem chamadas em apenas quatro horas, a juíza do processo, Lucy Koh, perdeu a paciência com o pedido, que considerou absurdo, e perguntou se os advogados da Apple tinham fumado crack. "Eu não vou considerar 75 páginas com pessoas que não vão testemunhar", acrescentou a juíza.
Melhor ainda foi a resposta. "Meritíssima, eu posso lhe assegurar que não estou fumando crack", afirmou Bill Lee, um dos advogados da empresa de Cupertino, conforme relata o jornalista Josh Lowesohn, no site Cnet.com.
Em uma conta simples, com vinte testemunhas em quatro horas, os advogados da Apple teriam doze minutos para cada uma delas, isso sem descontar o tempo do juramento e de deslocamento de cada uma delas. Talvez sob a influência do crack o efeito poderia se agilizar, mas ainda assim é pouco tempo para um testemunho relevante.
Ao longo do julgamento, cada uma das empresas teve direito a 25 horas para apresentar seu caso. O julgamento é resultante de um processo aberto pela Apple contra a Samsung em abril de 2011, acusando a fabricante dos smartphones e tablets da linha Galaxy de copiar suas patentes de design.
A empresa sul-coreana rebateu as acusações e também iniciou um processo contra a Apple por infração de patentes de serviços.
Segundo informações dadas por Lucy Koh à imprensa nesta semana, a decisão do júri deve sair na próxima terça-feira, 21.