
Aécio durante ato de campanha. Foto: Orlando Brito/ Coligação Muda Brasil
A ideia de uma renúncia à candidatura presidencial, seguida de apoio à candidata Marina Silva (PSB), já circula na candidatura de Aécio Neves (PSDB), como uma maneira de vencer a eleição contra Dilma Rouseff ainda no primeiro turno e garantir os tucanos no governo de Marina.
A informação é do colunista de política do Valor Raymundo Costa e foi publicada no jornal nesta terça-feira, 02.
O próprio Costa ite que a concretização do cenário é “improvável”, mas afirma que o “o simples fato de a proposta circular nas áreas afins ao candidato, dá uma ideia do tamanho do apoio que se delineia em torno da candidata do PSB”.
Procurado pelo InfoMoney, a campanha de Aécio disse que a hipótese não teria o menor cabimento e que essa ideia nunca foi colocada em discussão.
Por outro lado, o coordenador geral da campanha de Aécio, o senador Agripino Maia, sinalizou que, caso Aécio não e para o segundo turno, o PSDB faria aliança com Marina.
A última pesquisa Datafolha sobre a corrida presidencial indica uma situação de empate entre a presidente Dilma e Marina, ambas com 34%, resultado que significa uma alta de 12 pontos percentuais para Marina e uma queda de dois para Dilma.
Aécio tem 15%, cinco pontos a menos. Na simulação de segundo turno entre Dilma e Marina, a ex-senadora alcançou 50% contra 40% da presidente. Na pesquisa anterior, Marina tinha 47% e Dilma, 43%.
Além do cenário negativo na eleição nacional, Aécio teria um estímulo para abandonar a corrida tendo em conta a situação em Minas, onde o seu candidato, Pimenta da Veiga, tem 23%, contra 37% do petista Fernando Pimentel.
Pimentel é o único petista a liderar a corrida para o governo do estado, nos quatro maiores colégios eleitorais. O próprio Aécio não tem o desempenho esperado em Minas.
Ainda de acordo com a análise de Costa, uma debandada mais cedo para o lado de Marina também deixaria o PSDB em uma posição melhor na eventualidade de uma eleição da ex-senadora, quando a quantidade de candidatos a integrar a base governista sofrerá a tradicional inchaço, incluindo inclusive o derrotado PT.