
No Brasil, a Alexa pode responder a comandos exclusivos como "Toca Raul". Foto: Divulgação.
A Alexa, assistente de voz da Amazon, tem o português como seu novo idioma para o contato com os usuários. Com isso, a empresa acaba de lançar no Brasil três dispositivos que contam com a assistente integrada: Amazon Echo, Echo Dot e Echo Show 5.
Os lançamentos de Alexa e Echo no Brasil fazem parte da expansão dos investimentos da empresa no Brasil. No último mês, a companhia também anunciou o Amazon Prime e o Amazon Music.
As novidades no mercado brasileiro são caixas de som controladas por voz a partir de comandos para a assistente Alexa. O sistema pode responder perguntas, tocar músicas, ler notícias, controlar dispositivos inteligentes da casa, atualizar a lista de tarefas e outras ações
O BrazilJournal relata que funcionários da Amazon e pessoas selecionadas em todas as regiões do Brasil começaram a usar (e, consequentemente, treinar) a Alexa em português há cerca de 10 meses.
“A ideia é que a Alexa sempre se comunique de uma forma natural e não como se fosse um robô que apenas responde aos comandos”, diz Ricardo Garrido, o gerente-geral de Alexa para o Brasil, em entrevista ao veículo.
O processo de adaptação levou em conta as peculiaridades do português. Em inglês, por exemplo, a palavra "play" funciona para vários comandos: música, jogos, filmes. No Brasil, há um verbo para cada uma dessas atividades: tocar músicas, assistir filmes, jogar jogos.
A assistente também foi treinada para algumas ações que só fazem sentido no país. O comando “Toca Raul”, por exemplo, dá início a uma playlist de Raul Seixas. O sistema também sabe cantar o hino dos principais times de futebol do Brasil.
Para o mercado local, também há novas parcerias que permitem que a Alexa peça comida pelo iFood, leia receitas da Rita Lobo, e notícias do UOL Esporte e jogue Show do Milhão.
O processo de tropicalizar as assistentes virtuais também faz parte dos esforços atuais do Google.
Em agosto, a companhia firmou uma parceria com A AeC, empresa de call center com 25 mil funcionários, para colaboração no treinamento do serviço Center AI, do Google, que permite o atendimento automatizado de pessoas com o uso de inteligência artificial.
Por meio da parceria, a AeC fornece áudios de atendimentos realizados pela empresa para que o sistema do Google analise, processe as gravações e, assim, aprimore sua compreensão e entendimento da língua portuguesa.
As assistentes virtuais tem causado discussões recentemente a partir de revelações sobre compartilhamento e escuta de áudios captados pelos sistemas.
Nos últimos meses, uma série de casos foram divulgados sobre o envio de gravações de áudio capturadas por assistentes de voz, incluindo casos com Alexa e Assistente do Google.
Com isso, o Google suspendeu a prática de enviar áudios gravados pelo Google Assistente para avaliação de qualidade, de acordo com o Business Insider. Anteriormente, a empresa disse que apenas uma "fração" das gravações eram selecionadas para revisão manual, sem nenhuma informação de identificação pessoal.
Agora, no entanto, o Google possibilita que o usuário desative a possibilidade de análise humana nas configurações do sistema, assim como a Amazon já fez com a Alexa.