
Investi, mas não espalha, ok? Foto: Depositphotos.
A Alphabet, holding dona do Google, fez um investimento de US$ 100 milhões na Chronosphere, uma startup dona de uma solução que permite monitorar os gastos feitos em aplicações baseadas na nuvem.
O negócio foi feito em segredo, segundo revela o The Information.
O motivo da discrição pode ser o fato de que a tecnologia da Chronosphere permite gastar menos com grandes provedores de computação em nuvem como o Google Cloud, outro negócio da Alphabet.
O valor investido é significativo, tendo em conta que ele aumenta o valor de mercado da Chronosphere para US$ 1,6 bilhão, 10% a mais do que o último aporte, feito no final de 2021, quando os investidores ainda faziam fila na porta de startups, bem ao contrário do momento atual.
A Chronosphere tem anos de atuação e compete em um mercado liderado pela Datadog, uma empresa fundada na França que transferiu sua sede em 2016 para Nova Iorque, onde abriu capital na Nasdaq em 2019 e fatura hoje na casa dos US$ 800 milhões.
Empresas dessa área são no momento um ativo quente e a razão não é muito difícil de imaginar. Com grandes restrições de orçamento, as empresas querem olhar melhor o que estão gastando em computação na nuvem.
CONTA SEMPRE ESTOURA
Os clientes têm razão em querer olhar melhor quando gastam em nuvem.
Pelo menos, é o que aponta uma pesquisa da Veritas Technologies, que indicou que o gasto em nuvem supera o orçado em 94%, por uma média de 43%.
Os principais vilões são o backup e recuperação de dados não planejados, vetor do aumento de custos número 1 para 40% dos entrevistados.
A pesquisa foi feita com 1,5 mil tomadores de decisão em TI em 12 países, incluindo também o Brasil.
É preciso apreciar os dados com moderação, uma vez que a Veritas, uma empresa conhecida por soluções para gestão de armazenamento de dados, hoje se define como “líder em gerenciamento de dados em várias nuvens”.
Ou seja, a empresa está diagnosticando nessa pesquisa justamente o problema que agora pretende resolver.