Rudinei Gerhart.
Está disponível no Google Play o Meu Plano, um aplicativo que se propõe checar as contas telefônicas dos usuários em busca de cobranças indevidas das operadoras de telecomunicações.
O aplicativo permite o da fatura em formato PDF, a partir do qual o software compara o consumo da fatura com os dados de consumo do próprio smartphone e verifica se o uso dos serviços como voz, dados, SMS e s de serviços de valor adicionado.
Ao final da análise o usuário recebe uma lista de itens conferidos a serem verificados pelo usuário, ao final do qual é enviado um parecer por e-mail que pode ser usado para contestar a cobrança da operadora.
De acordo com a Anatel, foram registrados só em 2017 mais de 3 milhões de reclamações junto ao órgão, dessas mais de 50% estão relacionadas a telefonia móvel, com cobranças indevidas liderando a lista de queixas.
As cobranças indevidas geralmente envolvem parcelamento de aparelhos e serviços, cobranças financeiras e SVAs, além de cobrança de uso de dados por apps que são oferecidos como zero rating pelas companhias.
“O uso da computação permitiu construir aplicar toda nossa experiência e conhecimento do nosso time, e com isso podemos levar a solução a todas as regiões do Brasil instantaneamente”, explica Rudinei Gerhart, CEO da Meu Plano.
Gerhart foi ex-gerente de B2B da Oi na região Sul e fundou a companhia em 2016 na Incubadora Tecnológica da Unochapecó, em Chapecó, no interior de Santa Catarina.
Inicialmente, o Meu Plano está em fase de testes e é gratuito no Google Play (a versão para iPhones deve estar pronta até maio).
A nova versão do aplicativo tem um novo design, com um chatbot que guiará o usuário por todo o app e ficará de olho nas ofertas com alertas para novos planos.
A empresa ainda está definindo as funcionalidades de uma futura versão paga.
O que é certo é que eles serão oferecidos gratuitamente para quem use o app para escolher o seu plano, a funcionalidade inicial do Meu Plano quando do seu lançamento, em agosto de 2017.
De lá para cá, a empresa participou do Samsung Economia Criativa, um programa de aceleração em parceria com a Anprotec e Ministério de Ciência e Tecnologia, com nove meses de mentorias técnicas, design e negócios. Foram 300 candidatos para 15 vagas.
Chapecó, cidade mais importante do oeste catarinense, é conhecida como polo de agroindústria, sediando empresas como BR Foods e Cooperativa Aurora. Nos últimos tempos, o setor de TI tem se organizado e recebido incentivos.
No começo do ano ado, por exemplo, a cidade reduziu o ISS do setor de tecnologia. A nova alíquota era uma demanda da Deatec, uma associação de empresários da área fundada em 2005.
Atualmente, a entidade cobre uma região com mais de 100 municípios, entre Joaçaba e São Miguel do Oeste e representa mais de 50 empresas que mantêm 1,3 mil empregados e geram R$ 60 milhões em faturamento.