
Apple deve baratear iPhone para ganhar força na concorrência. Foto: flickr.com/photos/N00@7
A Apple esta trabalhando em uma versão mais barata de seu aparelho mais vendido, o iPhone, uma estratégia nova para recuperar a perda de mercado sofrida pela companhia nos últimos meses.
Segundo destaca o Wall Street Journal, a manobra representa uma grande mudança na estratégia da empresa, antes marcada pelo aspecto high-end de seus produtos, um plano traçado pelo seu CEO anterior, Steve Jobs.
No entanto, ao ver comprometida sua supremacia no ramo dos smartphones para o Android e fabricantes como a Samsung, a saída deve ser baratear o smartphone.
Atualmente, uma unidade do iPhone 5 não atrelada a plano de operadora custa cerca de US$ 600 nos Estados Unidos. No Brasil, este valor fica em R$ 2 mil para o modelo de 16GB.
MATERIAL
Para reduzir o valor do iPhone, a Apple deverá trocar materiais em sua confecção, como substituir a carcaça de alumínio por uma de policarbonato. Além disso, componentes de modelos antigos não vendidos poderão ser reaproveitados.
Aliás, a venda de modelos antigos do iPhone, até o momento, é a estratégia da companhia para disponibilizar o aparelho a preços mais íveis.
No entanto, em um mercado onde a novidade é sempre mais atraente, esta estratégia parece não estar vingando tanto.
Segundo destacou o jornal norte-americano, a possibilidade de lançamento deste novo iPhone ainda está em avaliação pela Apple, que não quis comentar sobre a informação.
NECESSIDADE
Segundo afirma a analista Christina Warren, do site Mashable, esta mudança representa um o ousado para a companhia de Cupertino, que está reconhecendo a necessidade de ganhar espaço no rentável mercado asiático.
No entanto, com seu apelo devido ao alto preço, o iPhone está sofrendo frente à concorrência de aparelhos Android de qualidade semelhante e preços inferiores. E essa tendência também está se constatando em outros mercados, como o europeu e até mesmo o americano, afirma a analista.
No terceiro trimestre de 2012, a Apple registrou uma participação de 14,6% no mercado mundial de smartphones, sendo que em 2011 a empresa contava com uma fatia de 23%.
A Samsung, por sua vez, subiu de 8,8% em 2010 para impressionantes 31,3% no último ano, registrando um lucro de US$ 8,5 bilhões.