
Marcelo Lopes, presidente do Badesul. Foto: divulgação.
O Badesul, ao lado do BNDES e outros investidores nacionais estão preparando a segunda edição do Criatec, projeto de capital semente para o fomento a startups. Para o Rio Grande do Sul, esta presença renderá até R$ 150 milhões em investimentos.
Funcionando como um fundo de private equity, o Criatec apoiará empresas iniciantes ou já estabelecidas que tenham um faturamento máximo de R$ 10 milhões/ano.
O fundo é multisetorial, ou seja, investirá em projetos em diversas áreas, contanto que tenham propostas inovadoras, segundo destaca
Segundo destaca Marcelo Lopes, presidente do Badesul, os aportes em cada empresa participantes serão de no máximo R$ 3,6 milhões. Em uma estimativa bruta, cerca de 50 startups serão contempladas pela iniciativa.
"O fundo prevê uma rodada inicial de aportes, mas de acordo com o desempenho e necessidade das empresas, haverá a oportunidade de novo aporte em uma segunda rodada", explica.
Para este acompanhamento, o fundo terá um gestor privado em cada estado, que responderá aos cotistas do fundo - além do Badesul e BNDES, estão instituições como BDMG, Nossa Caixa, Banco Nacional do Nordeste (BNB), entre outras.
Para entrar no Criatec, o Badesul desembolsou cerca de R$ 10 milhões, ficando com uma participação de 20%. Este investimento rendeu ao estado a participação na segunda edição, já que o estado ficou de fora da primeira.
De acordo com Lopes, atualmente está em andamento o processo de seleção de gestores. Além disso, o regulamento para a entrada das empresas está em finalização.
"Acredito que em cerca de 30 a 60 dias, estaremos abrindo o processo de inscrição para as startups interessadas em participar desta iniciativa", afirma o executivo.
INOVACRED
Recentemente, o Badesul contará com R$ 30 milhões em recursos do Inovacred, programa de crédito subsidiado para inovação de micro, pequenas e médias empresas da Finep.
Os valores poderão variar de R$ 150 mil a R$ 2 milhões. O pagamento será corrigido pela TJLP, que em dezembro caiu de 5,5% para 5% ao ano. O prazo de carência será definido por projeto, não podendo superar 24 meses.
Cada agente terá recursos disponibilizados no valor de até R$ 30 milhões para o financiamento de empresas com receita operacional bruta de até R$ 90 milhões.
Em cinco anos, o programa espera financiar cerca de duas mil companhias – entre R$ 300 milhões e R$ 2 bilhões - e cadastrar 20 agentes financeiros.