
Robin Li. Foto: divulgação.
O Baidu, maior buscador online na China e terceiro do mundo, anunciou o lançamento oficial de sua plataforma de busca para o Brasil, em uma versão totalmente nacionalizada.
O anúncio da empresa chinesa, realizado nesta quinta-feira, 18, fez parte de uma série de 32 acordos de cooperação entre Brasil e China anunciados durante uma cúpula entre dirigentes dos dois países em Brasília.
Entre eles está o invesimento da fabricante Huawei, que terá um centro no Tecnopuc, em Porto Alegre.
No caso do Baidu, embora mais sutil que o da Huawei, a novidade chega para ganhar o público nacional e rivalizar com o Google, buscador líder no país e no mundo.
Numa avaliação rápida, o Baidu não fica muito atrás do site da empresa de Mountain View, provável motivo pelo qual se tornou o mais popular em sua terra natal. No entanto, resta saber a estratégia dos chineses para fazer os milhões de internautas brazucas trocarem de ferramenta.
O Baidu já contava com uma operação no Brasil desde o final ano ado, mas não tinha lançado ainda o buscador, seu principal produto. Para começar, a empresa apresentou quatro aplicações: o portal de notícias Hao123, o browser Spark Browser, a aplicação de manutenção PC Faster e o Baidu Antivirus.
No novo anúncio, além do buscador a empresa também assinou um acordo como Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação sobre ‘desenvolvimento da Internet’ no Brasil.
O acordo prevê que, em três anos, o Baidu construirá um centro de pesquisa e desenvolvimento equivalente aos demais da empresa em nível mundial dentro do território brasileiro. Atualmente, o Baidu mantém centros em Shenzhen, Pequim, Xangai, Tóquio, Vale do Silício e Cingapura.
Outro iniciativa foi o compromisso assumido pelo fundador do Baidu, Robin Li, de que a empresa contratará jovens brasileiros que estudam na China e integram o programa “Ciência Sem Fronteiras”, iniciativa do governo federal para melhorar a qualificação de jovens profissionais brasileiros.
Com um valor de mercado avaliado em cerca de US$ 53 bilhões, a Baidu quer expandir seu poder além da Ásia e bater de frente com o Google, com uma meta de conquistar a preferência de 50% de todos os usuários de internet no mundo até 2019.
No Brasil, uma das nações mais ativas no uso da internet, a ideia é que o país se torne um trampolim para uma expansão da Baidu no resto da América Latina.