
Bradesco decidiu baretear transferências.
O Bradesco fechou um acordo com o banco japonês MUFG (ex-Bank of Tokyo Mitsubishi) para permitir transferências internacionais de dinheiro usando a tecnologia de blockchain da Ripple.
O Ripple permite o controle de transferências de dinheiro, criptomoedas ou outras unidades de valores como pontuações de milhagem, através de um blockchain open source chamado RP Ledger.
A novidade poderá ser usada pelos clientes do dois bancos. A transferência será em “tempo real e a baixo custo”, garante o Bradesco em nota, sem dar detalhes.
No modelo atual, uma transferência internacional pode levar até 2 dias para ser concluída.
O objetivo é disponibilizar a nova plataforma até setembro do ano que vem na rede de agências e, posteriormente, nos canais digitais do banco.
A partir desse modelo, o Bradesco pretende expandir o serviço a outros países através de sua rede de bancos correspondentes no mundo.
Recentemente, o Santander também lançou um serviço que permite efetuar transferências internacionais de forma mais rápida.
Enviar dinheiro de um país para outro também é uma das ocasiões nas quais os bancos aproveitam para cobrar altas taxas.
Segundo dados divulgados pela Exame em 2016, no Banco do Brasil, por exemplo, a transação custa entre R$ 100 e R$ 450, conforme o valor enviado.
Na Caixa, custa entre US$ 30 e US$ 100. No Santander, o valor mínimo é de R$ 90, mas depende do relacionamento do cliente com o banco.
As altas margens de lucro dos bancos atraíram para esse mercado uma série de fintechs, com modelos de negócios diferentes para transferir dinheiro - e taxas bem menores.
Uma das maiores entre elas é a Transferwise.
Criada em 2011 no Reino Unido por Taavet Hinrikus, o primeiro funcionário do Skype, a empresa iniciou no mercado com um sistema que casa a necessidade de dólares de um brasileiro com a de reais de um inglês, por exemplo.
Já foi apelidada como o “Uber cambial”, por conectar pessoas e suas necessidades. Depois foram agregadas funções de transferências internacionais diretas, sempre focando em custos baixos.
O Ripple está em alta no Brasil, não só entre bancos. Em julho, a Escola de Economia de São Paulo da Fundação Getulio Vargas (FGV EESP) se tornou a primeira instituição de ensino do Brasil a ingressar no programa "University Blockchain Research Initiative", financiado pela Ripple
O projeto apoia pesquisas acadêmicas, desenvolvimento técnico e inovação nas áreas de blockchain, criptomoedas e pagamentos digitais.
A instituição é uma das 15 no mundo que receberão, ao todo, uma doação de US$ 50 milhões para pesquisas e estudos. O programa também oferece orientação estratégica e de recursos técnicos.
* Esse artigo foi patrocinado por Money24.com.br.